quarta-feira, 30 de junho de 2010

Façam BACKUP !!!!!

É, queridos amigos, façam backup sempre, com freqüência, diariamente...

Quem passa sempre por aqui viu que as coisas estiveram meio esquisitas e ainda não estão 100%.

Pois, é.  Um dia desses, resolvi experimentar um modelo novo do Blogger e... perdi todas as minhas configurações. Fui tentar consertar e a coisa ficou pior, sumiram todos os gadgets.
Comecei a suar frio, fiquei em pânico, mas Deus é maior e pensei que nada disso tem real importância, que tudo poderia ser feito novamente (com muito trabalho, é claro)  e desliguei o micro para evitar que, ainda nervosa, piorasse tudo.

No dia seguinte, consegui reverter a questão dos gadgets... Eles voltaram, louvado seja o nome de Jesus!

E restabeleci parte de minhas configurações com um backup que eu tinha.  Só que ele estava um pouco desatualizado... e algumas coisas ainda precisam ser refeitas. 


Ou seja, o meu trabalho foi menor porque tinha uma cópia de segurança,  mas ainda terei muito o que fazer porque a tal cópia estava desatualizada.

BACKUP JÁ!


terça-feira, 29 de junho de 2010

Citações

La littérature fait gagner du temps.
Fanny Ardant


Neste domingo (27/06/2010), assistindo ao programa Conexão Roberto D'Ávila em que ele entrevistava a atriz francesa Fanny Ardant, me chamou atenção a frase sobre a leitura.

Em rápida procura pela internet, vi que ela já a havia mencionado em outra ocasião (08/01/2008), que transcrevo:
Em entrevista para o Jornal L'Express:
http://www.lexpress.fr/culture/cinema/ardente-fanny_473864.html.

Vous êtes une lectrice assidue. Que vous apporte le plaisir de lire? 

Je lis pour m'enfuir, pour vérifier dans la vie des autres ma façon de fonctionner: la littérature fait gagner du temps. Et puis, dans la pire chambre d'hôtel, dévastée par le pire chagrin, vous lisez et vous avez une possibilité d'être heureuse. Enfin, disons, moins malheureuse.

Você é uma leitora assídua. O que o prazer de ler acrescenta a você? 
Eu leio para fugir, para verificar na vida dos outros o meu jeito de funcionar: a literatura faz ganhar tempo.  E, então, no pior quarto de hotel, devastada pela pior tristeza, você lê e tem uma possibilidade de ser feliz. Enfim, digamos, menos infeliz.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Orgulho e Preconceito - filmes

Orgulho e Preconceito

Ainda na onda do livro, resolvi fazer umas sessões pipoca com filmes relacionados à Jane Austen. 

Orgulho e Preconceito

Não gostei.
Graças a Deus que li o livro antes de ver o filme!

A atriz (Keira Knightley) não é a Elizabeth Bennet, a trama foi extremamente enfraquecida, há momentos importantes que foram reduzidos e outras cenas de exteriores longas...  sem nenhum motivo.

Ressalvas devem ser feitas, no entanto, à escolha de alguns atores, que ficaram ótimos nos papéis:
A Sra. Bennet (Brenda Blethyn) perfeita!
O Sr. Bennet (Donald Sutherland) ótimo, super sensível, em papel bem diferente de outros de sua carreira.
Judy Dench é sempre ótima, e a sua Lady Catherine é irrepreensível.
O Sr. Collins (Tom Hollander) também está muito bem.
As irmãs em geral estão bem, especialmente Jane (Rosamund Pike).

Simon Woods se saiu bem como Bingley, embora eu o imaginasse diferente... menos atrapalhado, mas foi bom, especialmente a cena em que ele sai da casa de forma atabalhoada e fica ensaiando o que deveria dizer com o Darcy.  Não tem no livro, mas foi pertinente e colaborou.
O Darcy, com uma boa direção teria sido ótimo, o Matthew Macfadyen tem o "physique de rôle" mas saiu prejudicado, o personagem ficou frágil demais para o que deveria ser.

O figurino é fraco... A casa é uma bagunça, caindo aos pedaços, não justificaria o fato de que as 5 filhas não fizessem trabalhos domésticos, nem que o Sr. Collins tivesse interesse na herança...

Resumindo, é uma pena, um desperdício!  Leia o livro!  (e esperemos por uma nova refilmagem...)


Amor e inocência

Muito melhor.  Este diretor e equipe teriam filmado Orgulho e Preconceito muito melhor... que pena que não o fizeram! 

Nos acréscimos do DVD a gente fica sabendo que a própria Anne Hathaway havia feito uma tese sobre a Jane Austen e leu TODA a obra e TODA a correspondência dela, além de biografias... ou seja, estava preparadíssima. 
O figurino é indiscutivelmente mais bonito, cenários, ritmo, tudo melhor.

O filme apresenta os primeiros anos de Jane Austen, de uma forma romanceada, utilizando cenas dos livros como se houvessem sido vividas por ela.  Não se propõe a ser uma biografia fidedigna, um documentário, e funciona bem assim.
Já tinha visto quando saiu e revi agora, na onda do livro. 
Este eu recomendo.





sábado, 26 de junho de 2010

O gato por dentro

O gato por dentro (The cat inside)
William Burroughs (1992)
trad. Edmundo Barreiros (2007)
L&PM (102 pág.)


Gosto muito de animais, em particular dos gatos.  Gosto deles desde que me entendo por gente.
Lutei muito quando criança para "ter" um. Ensaiei várias tentativas, levando para casa filhotes que achava na rua, até que, finalmente meu pai apareceu com um belo siamês que viveu comigo por quase 20 anos e ainda faz parte da minha vida nas muitas saudades que deixou.

Muitos outros que encontrei por aí tiveram seu momento também, e deixaram fortes lembranças, até a linda gatinha peluda e tigrada, salva de um estacionamento, precocemente órfã, que está, agora, deitada ao meu lado enquanto escrevo este post.

Daí que me interessei pela sinopse deste livro, o comprei e o li.  Mas é fraco, fraquíssimo até.

William Burroughs foi um escritor "beat" americano e participou de toda a onda de "drogas" dos anos 60 e seguintes.   Assim, os textos têm muita influência das "alucinações" e mística da época, o que não me agrada, de forma alguma... Mas ele passou a gostar de gatos e conta como esse amor foi se instalando nele.

Só que ele empunha uma bandeira contra os cães, que eu também não posso admitir.  Gato é bom e cachorro também é. São animais diferentes, mas adoráveis, cada um na sua forma de ser.  Além do fato de que nenhum gato é igual a outro, bem como os cachorros.  Isso é que faz com que a descoberta e o convívio com cada um traga tanto prazer e alegria.

Não leia, não vale a pena.
[terminei em 12/06/2010]

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Beaumarchais

Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais
(Paris, 1732 - Paris, 1799)
Retrato pintado por Nattier em 1755 fonte: Wikipedia)

Inicialmente relojoeiro, inventou mecanismo interno de relógio e aperfeiçoou os pedais da harpa.  (É, a harpa tem pedais, o que torna o instrumento muuuuito difícil de ser tocado, muito mais do que ele parece ser).

Foi também professor de música das filhas de Luís XV, participando ativamente da corte francesa.

Esteve envolvido em vários processos, pessoalmente, acusado de ter matado sua primeira esposa e de ter desviado a herança da segunda e, ainda, em questões de Estado, com a liberação e censura de textos e, até, na independência dos Estados-Unidos.

Na literatura, foi responsável pela edição das obras de Voltaire e, pessoalmente, como criador, fez sucesso com seus "factums", textos judiciários cheios de malícia, e com suas peças de teatro.

Duas delas são muito conhecidas, até hoje:


O Barbeiro de sevilha (ver post), peça transformada em ópera por Rossini.





e


As Bodas de Fígaro (ver post), também transformada em ópera por Mozart.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Orgulho e Preconceito - 5

Orgulho e Preconceito
Jane Austen (1813)
L&PM (392 pág.)

Continuando...

Vocês já se cansaram deste assunto?  Eu não.

E o mais engraçado é que parece que eu não estou sozinha.

O livro vem sendo republicado, em edições mais ou menos luxuosas (ver o primeiro post) e em histórias em quadrinhos.




São fabricadas bonequinhas de papel com roupinhas, bonequinhas de louça.... 




Desenhistas de todos os tipos trazem os personagens para o mundo das imagens.


Há blogs/sites especializados em Jane Austen, com pesquisas sobre com qual personagem dela a pessoa mais se parece (http://www.strangegirl.com/emma/quiz.php) e
qual ator corresponde melhor à imagem do Mr. Darcy
(http://austenprose.com/2008/11/18/pride-and-prejudice-whic-mr-darcy-has-the-noble-mien/).


Há desafios de leitura, (http://haleymathiot.blogspot.com/2009/12/jane-austen-challenge.html), além de adaptações macabras (essas eu me recuso a citar!) ... é realmente uma loucura.


Isso sem falar dos filmes, sejam os específicos baseados nos romances, sejam os sobre Jane Austen, mas este assunto merece um post específico. 

Continua... (1 - 2 - 3 - 4 - 5)

Ilustrações:
1/3 - Marvel.com
2 - http://jlelanddavis.blogspot.com/
4 - Reiko Mochizuki - http://lina-no-ie.livejournal.com/tag/mang%C3%A1s
5/6 - http://browse.deviantart.com/?q=pride%20and%20prejudice&order=9&offset=48#/d2o7cgd

domingo, 20 de junho de 2010

Fio a fio

Fio a fio
Gilda Chataignier (2006)
Estação das Letras (160 pág.)

Moda.
O livro trata dos tecidos e é um trabalho pioneiro no Brasil.  Meus parabéns à Gilda, por isso.  Sabemos como é difícil realizar trabalhos de estudo e pesquisa neste país e, principalmente como é quase impossível editá-los.  Nesse sentido, também merece destaque a editora.

No entanto, o assunto ainda merecia mais. Alguns aspectos são apresentados somente de forma introdutória, e o trabalho deveria continuar, em um segundo volume. Adoraria saber mais detalhes sobre as tecelagens, máquinas e materiais.

A edição também poderia ser mais cuidada, especialmente no que se refere à revisão do texto (em português e em francês).

Mas, para quem se interessa por moda, é livro essencial e único. 


[terminei em 08/06/2010]

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dicionário Analógico da Língua Portuguesa

Nova aquisição. 

É claro que não se trata de livro lido... afinal de contas, eu não leio dicionário, mas acho fundamental consultá-los.

Dicionário Analógico da Língua Portuguesa
Francisco Ferreira dos Santos Azevedo (1970??)
Lexikon (800 pág.)

Esse aqui me foi recentemente indicado por uma professora de português.
( É, no meu trabalho somos obrigados a fazer cursos todos os anos, para reciclar, melhorar, etc.  Daí que entre as opções oferecidas eu volta e meia paro em um curso de português...)

Bem, continuando, a professora falou sobre a existência de um dicionário analógico e ninguém na sala jamais tinha ouvido falar de um. Então ela explicou que era um dicionário que juntava as palavras que tinham a ver umas com as outras. Não se trata de sinônimo, não, mas de palavras relacionadas ao mesmo assunto.   (Aí lembrei que um professor de inglês havia me falado sobre um dicionário assim - in english, of course! -  cujo nome genérico era Thesaurus.) 

[thesaurus substantivo masculino
  1. grupos de palavras e expressões classificadas por temas, assuntos, de acordo com a analogia dos seus significados
  2. tesouro]


Achei o máximo e comecei a procurar....  esgotado, esgotado e caríssimo nos sebos!

Passou-se um ano e neste mês agora, surpresa!  Meu marido recebeu um email falando do relançamento deste dicionário, cuja última edição parece ter sido nos anos 80,  e saí correndo para comprá-lo.

Ele acabou de chegar e ainda não me familiarizei com o uso, mas já deu para ver que ele apresenta duas opções de busca:
  1. Por uma palavra de uma longa lista em ordem alfabética,
    p.ex.: prateleira --> 191/215
    e na página 191 a gente acha: receptáculo e toda uma lista de palavras afins (coletor, continente, quarto, armário, etc.), entre elas prateleira;
    ou na página 215: suporte e outras tantas do mesmo gabarito... com a prateleira entre elas, de novo;

  2. por assunto,
    p.ex.: Matéria, Matéria orgânica, Sensação, odor --> 400
    Aí a gente vai para a página 400 e acha uma lista de palavras associadas como cheirar, exalar, nariz, aroma, fragrância, faro, essência.... e por aí vai.
Ou seja, é o dicionário ideal para quando você sabe que existe uma palavra, sabe o assunto a que ela se refere, mas não consegue lembrar da bendita de jeito nenhum e fica com aquilo martelando na cabeça (Ai que horror!) dias e dias... 
Espero que esse dicionário me ajude, porque isso me acontece sempre.

Segundo a propaganda, são mais de 100 mil entradas (palavras e expressões diferentes) enviando a quase 160 mil referências diferentes.

E o mais incrível é que o preço não é absurdo como os que os dicionários costumam ter: R$ 55,92 na Cultura!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Orgulho e Preconceito - 4

Orgulho e Preconceito
Jane Austen (1813)
L&PM (392 pág.)

Continuando...


Sr. Darcy

O que faz um personagem ser querido e admirado, além de ganhar vida própria, sendo citado fora do livro?
Porque é isso o que acontece com Mr. Darcy.

Nossa literatura ocidental romântica sofre com o mito do "príncipe encantado" - jovem, bonito, poderoso (príncipe), rico e que se apaixona à primeira vista...

Mas nos contos de fada nada se fala sobre o caráter desse "príncipe", presume-se sempre que seja maravilhoso.

Bem, o Sr. Darcy é mais do que um "príncipe encantado", já que, além de jovem, rico, educado, bonito, poderoso, demonstra um caráter firme e honrado e, acima de tudo, a maior das qualidades que uma mulher espera encontrar em um homem:  a capacidade de mudar a partir das críticas !!!!!!

É exatamente isso que faz do Fitzwilliam ( é, o nome é horroroso... precisaria de um apelido urgente!) o mocinho perfeito e explica a força do personagem, totalmente apaixonante.



Elizabeth Bennet

Ela, por outro lado, é o protótipo da "mocinha"  moderna, pensa, tem opinião própria, não leva desaforo para casa...  (ou seja, todas as personagens de comédias românticas de hoje em dia são inspiradas em uma criação do século XIX... )

Só que sua maior força (além dos belos olhos) também está na capacidade de mudar de idéia e de abandonar o "orgulho" e o "preconceito", reavaliando os fatos e mudando seu comportamento.




Continua....


Ilustrações:
1 - Marvel.com
2 - Reiko Mochizuki - http://lina-no-ie.livejournal.com/tag/mang%C3%A1s
3 - C.E. Brock (wikipedia)

4 - http://browse.deviantart.com/?q=pride%20and%20prejudice&order=9&offset=72#/d1capnp
5 - http://palnk.deviantart.com/art/Pride-and-Prejudice-125955840

terça-feira, 15 de junho de 2010

Orgulho e Preconceito - 3

Orgulho e Preconceito
Jane Austen (1813)
L&PM (392 pág.)

Continuando...


O princípio da trama

Um belo dia, a família fica sabendo que uma mansão local havia sido alugada por um jovem rico que ali passaria uma temporada,  e a notícia acende as esperanças da Sra. Bennet de conseguir casar bem (ou seja, com um homem rico) as filhas.

O jovem em questão é o Sr. Bingley que, efetivamente, se apaixona por Jane (a irmã mais velha) e vice-versa.

Só que ele não chega sozinho, traz também suas irmãs, uma casada (Sra. Hurst) e a outra solteira, além de um amigo, o Sr. Darcy.

Todos os personagens se conhecem efetivamente em um baile, quando as aparências e comentários estabelecem as raízes do "preconceito" citado no título.

Elizabeth, sem par para dançar, ouve um comentário desastroso do Sr. Darcy sobre ela ("Ela é aceitável, mas não é bonita o bastante para me tentar, não estou com disposição para dar atenção a mocinhas deixadas de lado pelos outros homens...") e pronto! Eis que aparece o "orgulho" que, aliado ao "preconceito" começa a complicar tudo.
..... 

Bom, eu me recuso a estragar as histórias, porque sinto muito maior prazer em ler um livro quando não sei nada sobre o desenlace, acho sempre estimulante torcer para um fim determinado e ficar na espectativa do que vai acontecer, motivo porque não vou contar muito mais do que acontece, sendo o que já disse apenas a sinopse, o ponto de partida inicial.
Mas posso garantir que, ultrapassadas as primeiras páginas, não há porque se arrepender.  Leia!

Continua... (1 - 2 - 3 - 4 - 5)


Ilustrações: 
1/2 - C.E. Brock (wikipedia) (embora, para mim, Elizabeth seja morena, não loura)

domingo, 13 de junho de 2010

O Sono Eterno

O Sono Eterno
Raymond Chandler (1939)
L&PM (243 pág.)

Policial.
Primeiro romance em que aparece o detetive Philip Marlowe, personagem que ultrapassou a obra. 
A história é toda narrada na primeira pessoa, com ocasionais diálogos.


Chandler escreve bem, o texto é fluido, mas não me empolgou.

O que não impede que a obra tenha exercido enorme influência sobre o cinema em geral e, até mesmo, sobre a cultura americana.

Quantos filmes já não vimos em que o detetive era durão, descobria tudo sozinho, tinha um escritório meio entregue às baratas, com seu nome no vidro da porta, uma ante-sala pequena, sem secretária, e na sala principal, uma mesa, um abajur e um arquivo de aço?  Ah, sem esquecer das clientes, mulheres ricas, elegantes, cheias de segredos e mistérios?  Philip Marlowe.

Bom, isso sem falar na quase unanimidade, em nossos dias, dos personagens principais masculinos serem solitários, distantes, capazes de exercer grande fascínio sobre os outros, mas com enorme dificuldade de estabelecer um relacionamento sólido e permanente, todos com um ar permanentemente irônico e frases curtas... Marlowe again and forever. 


A história foi levada às telas por Humphrey Bogart e Lauren Bacall (The Big Sleep). No Brasil, o filme recebeu o nome de "À Beira do Abismo" mas, infelizmente, não achei para alugar...

Somente para ter certeza da originalidade da coisa, ainda vou ler o Dashiell Hammett, já que o Falcão Maltês é anterior a esse livro, também com um detetive (Sam Spade), que recebeu vida, da mesma forma, na pessoa do Bogart.

P.S.: (Em 26/05/2013 - O filme saiu em DVD, em uma edição especial, com a versão do cinema, que fora censurada, a versão do diretor e, ainda, com a refilmagem dos anos 70, estrelada pelo Robert Mitchum)
[terminei em 07/06/2010]

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Orgulho e Preconceito - 2

Orgulho e Preconceito
Jane Austen (1813)
L&PM (392 pág.)

Continuando...

A história se passa na Inglaterra, sem data fixa, em uma época em que as filhas não herdavam as propriedades de seus pais.

Ora, o Sr. Bennet possuía uma pequena extensão de terras e tinha apenas filhas mulheres, 5 delas: Jane, Elizabeth, Mary, Catherine e Lydia, e, no caso de sua morte, elas ficariam à beira da miséria, motivo porque sua mulher só pensa em casar as filhas.
Daí a frase que inicia o livro:  "É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro em posse de boa fortuna deve estar necessitado de esposa."

A autora, assim, trata da situação da mulher e das pressões que uma jovem sofria para se casar.

As irmãs Bennet
A personagem principal, Elizabeth Bennet, é a favorita do pai e, dentre as filhas, a mais dotada de espírito crítico.
Sua irmã mais velha, Jane, é a mais bonita e mais doce, um modelo de compreensão e indulgência.  Quanto às outras, a autora as trata com visível menosprezo: Mary seria uma jovem que pretenderia se dedicar somente às atividades culturais sem, no entanto, ter talento suficiente,  tanto que envergonha Elizabeth durante uma festa em que insiste em cantar, mesmo mal.
As duas últimas são totalmente frívolas, pensam somente em homens e chapéus, sendo Lydia o caso mais grave de inconseqüência, já que foge sem pensar nela nem no que poderia acontecer com as irmãs a partir de então, se ficasse toda a família desonrada.

Continua... (1 - 2 - 3 - 4 - 5)

Imagens:
1 - http://marillawex.com/2009/11/back-to-the-theatre/ e
2 - divulgação do filme de 2006 com Keira Knightley

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Orgulho e Preconceito - 1

Orgulho e Preconceito
Jane Austen (1813)
L&PM (392 pág.)


Amei de paixão!
Este é um exemplo típico de como a persistência é uma qualidade a ser perseguida pelos leitores.

O começo é enjoadinho, a gente se irrita com os personagens, inclusive com a principal, Elizabeth Bennet, mas, de repente, no virar de uma página, se apaixona e não consegue mais largar o livro e, quando ele acaba, quantas saudades!
(os franceses têm uma expressão para se apaixonar que eu acho que se aplica bem a este caso: "Coup de foudre" ou seja, a pessoa se sente atingida por um raio, um sentimento intenso e imediato). 


História romântica, é claro (afinal, isso não faz mal a ninguém), muito bem escrita e conduzida.


Gostei muito da capa da L&PM.  Acho importante que um livro tenha uma bela capa, já que aquela imagem vai nos acompanhar por vários dias, semanas e acaba influenciando na forma como nós vemos os personagens e a história e infelizmente algumas editoras não têm esta preocupação.


Assim, esta realmente é de muito bom gosto e adequada à obra, não ficando em nada a dever a outras edições pelo mundo (que também têm capas lindas):


Para terminar, tendo em vista a paixonite declarada, este livro ainda volta nos próximos posts...


Super recomendado!

[terminei em 16/05/2010]


Continuações: (1 - 2 - 3 - 4 - 5)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dicas para encontrar o homem de sua vida

Patch pour trouver l'homme de sa vie
Aude et Aurelie (2008)
First Editions (247 pág.)

Bobagem.
Nada mais que isso.  Comprei há muito tempo, em um pacote de bobagens francesas, com o objetivo de encontrar vocabulário diversificado, mas nem isso eu achei.
As autoras tentam orientar jovens mulheres na faixa dos 30 que ainda não tenham encontrado sua "cara metade", mas duvido que o livro tenha ajudado alguém neste sentido. 

A única coisa que se salva são os desenhos, bem humorados, de Pénélope Bagieu.
Esqueça!  Não compre jamais!
[terminei em 11/05/2010]

sábado, 5 de junho de 2010

O hábito não faz o monge

L'habit ne fait pas le moine
Philip Roth (2002)
Céline Zins (trad. do inglês para o francês)
Folio (110 pág.)

Contos.

Antes do livro, um pequeno comentário:
A Folio lançou esta série com o objetivo de divulgar os autores.  São pequenos livros ao preço de 2 Euros, o que não é nada para os padrões europeus... (o salário mínimo francês - SMIC este ano, em 2010, é de 1.343,77 Euros e o preço do livro corresponderia a R$ 0,76 em relação ao nosso salário mínimo daqui).
Não são obras de vulto, mas pequenas amostras. 

Neste caso, o livrinho traz 2 contos:

Défenseur de la foi (Defensor da fé) - História passada no fim da 2ª Guerra em que o narrador, Marx, um sargento, se vê manipulado por três soldados judeus, como ele, que utilizam argumentos da religião para conseguir privilégios. Só que...

L'habit ne fait pas le moine (O hábito não faz o monge) - Esse, embora dê o nome ao livrinho, não é tão bom quanto o outro.   O narrador conta casos de seu tempo de colégio (high-school - o equivalente ao 2º grau, científico, liceu, seja lá o nome que tenha hoje), quando conviveu com jovens que já tinham se envolvido em pequenos delitos.  O aluno descobre, ao final, que a escola mantém uma "ficha" com todos os seus atos registrados. Me pareceu uma crítica ao Macartismo, mas não posso garantir.

Philip Roth é um escritor americano, de origem judaica, ainda vivo.  Este livro não chegou a me entusiarmar, mas ele escreve bem, o texto flui, motivo porque não descartei a possibilidade de ler um de seus livros mais famosos: "A marca humana" ou "O complexo de Portnoy".
Mas esse eu não recomendo.

[terminei em 28/04/2010]

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lista do "Le Monde"

Mais uma lista de livros, esta do "Le Monde"

Le Monde s'effondre - Chinua Achebe - Nigeria
Les Contes d'... Andersen - Danemark
Orgueil et préjugés - Jane Austen - Angleterre
Le Père Goriot - Honoré de Balzac - France
Molloy, Malone meurt, L'Innomable Trilogie de - Samuel Beckett - Irlande
Le Decameron - Jean Boccace - Italie
Fictions - Jorge Luis Borges - Argentine
Les Hauts de Hurle-Vent - Emily Bronte - Angleterre
L'Étranger Albert Camus - France
Les poèmes de... Paul Celan - Roumanie
Voyage au bout de la nuit - Louis-Ferdinand Céline - France
Don Quichotte - Miguel de Cervantes Saavedra - Espagne
Les Contes de Cantorbéry - Goeffrey Chaucer - Angleterre
Nostromo - Joseph Conrad - Angleterre
La Divine Comédie - Dante Alighieri - Italie
De grandes espérances - Charles Dickens - Angleterre
Jacques le fataliste - Denis Diderot - France
Berlin Alexanderplatz - Alfred Doblin - Allemagne
Crime et Châtiment, L'Idiot, Les Possédés, Les Frères Karamazov - Fedor M. Dostoïevski - Russie
Middlemarch - George Eliot - Angleterre
Homme invisible, pour qui chantes-tu? - Ralph Ellison - États-Unis
Médée - Euripide - Grèce
Absalon!, Absalon! et Le Bruit et la Fureur - William Faulkner - États-Unis
Madame Bovary et Une éducation sentimentale - Gustave Flaubert - France
Romancero Gitan - Federico Garcia Lorca - Espagne
Cent ans de solitude et L'Amour au temps du choléra - Gabriel Garcia Marquez - Colombie
Faust, une tragédie - Johann Wolfgang von Goethe - Allemagne
Âmes mortes - Nikolai Gogol - Russiev
Le Tambour - Gunter Grass - Allemagne
The Devil to Pay in the Backlands - Joao Guimaraes Rosa - Brésil
La Faim - Knut Hamsun - Norvège
Le Vieil Homme et la Mer - Ernest Hemingway - États-Unis
L'Iiade et l'Odyssée - Homère - Grèce
Maison de poupée - Henrik Ibsen - Norvège
Le Livre de Job - Israël
Ulysse - James Joyce - Irlande
Le Procès et Le Château - Franz Kafka - Rép. tchèque
L'Anneau de Sakuntala - Kalisada - Inde
Le Grondement de la montagne - Yasunari Kawabata - Japon
La Storia - Elsa Morante - Italie
Zorba le Grec - Nikos Kazantzakis - Grèce
Amants et fils - DH Lawrence - Angleterre
Le Livre du peuple - Halldor K. Laxness - Islande
Les poèmes de... Giacomo Leopardi - Italie
Le Carnet d'or - Doris Lessing - Angleterre
Fifi Brindacier - Astrid Lindgren - Suède
Diary of a Madman et Other Stories - Lu Xun - Chine
Children of Gebelawi - Mahfouz - Égypte
Mahabharata - Inde
Les Buddenbrook et La Montagne magique - Thomas Mann - Allemagne
Moby Dick - Herman Melville - États-Unis
Essais - Montaigne - France
Beloved - Toni Morrison - États-Unis
The Tale of Genji - Genji Shikibu Murasaki - Japon
L'Homme sans qualités - Robert Musil - Autriche
Lolita - Vladimir Nabokov - Russie/ États-Unis
Njaals Saga - Islande
1984 - George Orwell - Angleterre
Le Livre de l'intranquillité - Fernando Pessoa - Portugal
Les Contes d'... Edgar Allan Poe - États-Unis
À la recherche du temps perdu - Marcel Proust - France
Gargantua et Pantagruel - François Rabelais - France
Pedro Paramo - Juan Rulfo - Mexique
Les Métamorphoses - Ovide - Italie
Mathnawi - Jalal ad-din Rumi - Iran
Enfants de minuit - Salman Rushdie - Inde/ Angleterre
The Orchard - Sheikh Musharrif ud-din Sadi - Iran
Season of Migration to the North - Tayeb Salih - Soudan
L'Aveuglement - Jose Saramago - Portugal
Hamlet, Le Roi Lear et Othello - William Shakespeare - Angleterre
Oedipe Roi - Sophocle - Grèce
Le Rouge et le Noir - Stendhal - France
Vie et Opinions de Tristam Shandy - Laurence Sterne - Irlande
La Conscience de Zeno - Italo Svevo - Italie
Les Voyages de Gulliver - Jonathan Swift - Irlande
Guerre et Paix, Anna Karenina, La Mort d' Ivan Illitch - Leo Tolstoï - Russiev
Récits divers - Anton P. Tchekhov - Russie
Les Mille et une Nuits - Inde/Iran/ Iraq/Égypte
Huckleberry Finn - Mark Twain - États-Unis
Ramayana - Valmiki - Inde
L'Énéide - Virgile - Italie
Feuilles d'herbe - Walt Whitman - États-Unis
Mrs Dalloway et Promenade au phare - Virginia Woolf - Angleterre
Les Mémoires d'Hadrien - Marguerite Yourcenar - France