segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Arrumando a prateleira"

O título do meu blog é "Esvaziando a Prateleira".
Mas para esvaziar a gente tem que arrumar de vez em quando, não é?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Modelagem Industrial Brasileira

Modelagem Industrial Brasileira
Sonia Duarte / Sylvia Saggese (1998)
Letras&Expressões (232 pág.)

Há muitos anos atrás, quando eu estava na faculdade, dizia-se que somente a cidade de Buenos Aires tinha mais livrarias que o Brasil inteiro.
Não sei se isso era verdade, mas é fato que as edições aqui são poucas, em quantidade limitada e, conseqüentemente, com preço elevado e, sabe-se lá porquê, os livros acabam saindo de catálogo, mesmo tendo público que os procura.

Também acho incrível que seja mais barato importar livros do que comprar os editados aqui.

Bem, este preâmbulo todo é para deixar claro que qualquer obra que vença toda esta barreira merece aplausos e muitos.

É o caso deste livro.  Obra detalhada, cuidada,  que, no momento de seu lançamento, era a única no gênero.  Os livros antigos (Gil Brandão e outros) já estavam na categoria dos esgotados e não havia nada,  nadinha sobre modelagem.

As autoras são professoras universitárias e possuem grande experiência sobre o assunto.  O livro é ultra técnico, todo ilustrado, cobrindo uma grande diversidade de modelos de mangas, transferência de pences, saias, calças e roupa íntima e moda praia.
Só que falta texto.  A parte inicial, dos moldes básicos é realmente muito complicada e deveria ter sido mais detalhada, passo-a-passo.
Imagino que o livro tenha sido concebido como base para aulas e, assim, com a ajuda de professores, deve ser muito útil.  Mas não se destina aos autodidatas.
Já tive oportunidade de encontrar obras mais acessíveis, só que somente em inglês, o que dificulta um pouco o seu uso por estudantes brasileiros.

Há uns 7 anos atrás fiz contato com a Sônia Duarte, buscando aulas particulares.  Ela foi um pouco reticente no início, mas chegou a marcar um horário comigo.  No entanto, em decorrência de problemas particulares, acabou desmarcando.  Ficamos assim.

Hoje, ela mantém um blog sobre o assunto,  que merece visita: http://modelagemmib.blogspot.com/

Se recomendo?  Claro, apesar da ressalva, o livro é obra obrigatória nas estantes de quem estuda costura.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um Leão Chamado Christian

Um Leão Chamado Christian
Anthony Bourke & John Rendall(1971/2009)
Nova Fronteira (223 pág.)

Há um bom tempo atrás recebi por email um filme sobre o reencontro de um leão e dois rapazes que o haviam criado. (Na realidade, todo o mundo recebeu...)

O jovem leão quando começou a chegar à fase adulta, fora levado à África para, após um período de adaptação, ser reintegrado à vida selvagem.   O filme mostra o momento em que se vêem novamente, após um ano de distância.
Uma graça de filme.

Recentemente, um amigo em seu blog (Bons Livros para Ler) falou sobre este livro que contava a história por trás do filme.  Saí correndo para comprá-lo.

História objetiva, rápida de ler (comecei e acabei em uma tarde) e muito agradável.
São dois australianos que, no final dos anos 60 se mudam para Londres, lá, em uma loja de departamentos, acham dois filhotes de leão à venda.  Compram um, o Christian.

Quando ele fica maior, os jovens encontram um casal que fizera o famoso filme "A história de Elsa" e iniciam um projeto para um documentário e, com o dinheiro, a transferência de Christian para a África, em 1970.

Antes, ele é transferido para um grande terreno na Inglaterra, para começar a se adaptar aos grandes espaços (ele tinha cerca de 73 quilos).


O famoso reencontro se dá em 1971 (Christian teria cerca de 140 quilos).
Eles ainda voltam à África em 1972 e encontram o leão, pela última vez, com 230 quilos.

Para quem gosta de animais, é um prazer a leitura.

Nesta versão do filme, com imagens retiradas do documentário, dá para ver as brincadeiras ainda em Londres, no terreno na Inglaterra e, finalmente, o reencontro de 1971.
(cuidado, porque tem música de fundo - existe uma versão com o som original, mas não achei)

[terminei em 13/02/2011]

domingo, 20 de fevereiro de 2011

História para rir

Histoire de rire et autres nouvelles
Anton Tchékhov (1886)
trad. Anne Coldefy-Faucard (2004)
Librio (89 pág.)

Livro de contos.

Tchékhov é ótimo, sensível e crítico ao mesmo tempo.
Todas as vezes que o leio lembro de Maupassant e de Machado de Assis. Cada um tem seu estilo próprio, mas ambos "colocam o dedo na ferida" da sociedade de sua época.  Todos com maestria, é claro.


Histoire de rire - Jovem rapaz convence uma moça, Nádia, a descer uma montanha de trenó, apesar do pavor que ela sente.  No caminho, no meio do barulho do trenó e do vento, ele sussurra: "Nádia, eu te amo" e a moça, sem ter certeza se realmente ouviu dele a frase ou se se tratava de um som vindo no vento, repete e repete e repete a descida...

Le roman d'une contrebasse - Contrabaixista, indo tocar em um casamento, resolve parar no caminho para se refrescar em um riacho. Só que ele se distrai vendo bela moça que pescava na margem e suas roupas são roubadas...

Miroir déformant - Homem vai a casa de seus ancestrais com sua mulher. Lá ele mostra a foto de uma parenta, muito feia, mas que adorava um espelho. Não qualquer espelho, mas um em particular, que ela não largava de forma alguma. A mulher tem curiosidade de ver o espelho e passa a viver grudada com ele. Por quê?

Ah, les usagers ! - Um cobrador de bilhetes em um trem é muito diligente em seu trabalho e acaba arrumando confusão.

Fragments du journal d'un irascible - Diário de um  rapaz que se afirma irascível, sem paciência para nada, e que os outros não sabem o que os espera. Uma jovem vizinha, no entanto, não o deixa em paz.

Les nerfs - Em um dia em que sua mulher estava viajando, um homem participa de uma reunião e escuta histórias de fantasmas.  Quando vai para casa, fica apavorado, não consegue dormir e começa a infernizar a vida de sua empregada.

Polinka - Moça que trabalha em um atelier de costura, vai a um armarinho comprar fitas e outras coisas, mas quer, na realidade, conversar com um rapaz.

Un drame - Escritor, em sua casa, recebe a visita de uma mulher que afirma ter escrito um romance.  Ela quer porque quer que ele escute a sua leitura em voz alta do tal romance.... inteiro.

La maison de la mezzanine -Jovem pintor conhece uma família que tem duas filhas.  Ela passa a freqüentar a casa e descobre que a mais nova é bem doce, mas a mais velha é mandona e muito ligada a política.  Ele se apaixona por uma...

Livrinho pequenino, baratíssimo.  Na França, ainda mais barato do que aqui, lá custa apenas 2 Euros.
Mas de excelente qualidade. O texto, quero dizer..  A edição é simples, em papel jornal, mas não desfolhou... (Como eles conseguem e as gráficas daqui não?)

Os meus favoritos foram o primeiro, (Histoire de rire) o do espelho (Mirroir déformant) e o do escritor (un drame), mas os outros também são bons.

[terminei em 09/02/2011]

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dicionário de termos de moda

Dicionário de termos de moda
Diana Aflalo (2007)
PubliFolha (101 pág.)

O título não foi bem escolhido, porque pode dar a idéia de se tratar de um dicionário explicando o significado de cada termo de moda, mas não.

Se trata de um dicionário português-inglês e inglês-português dos termos de moda.  Sem explicações.  Só tradução, rapidinha, vapt-vupt.

Mas tem ilustrações, bem engraçadinhas, de Silvia Campos.

Eu tinha me esquecido dele, escondidinho na estante, mas agora, com tantos livros de moda e costura em inglês na minha fila de espera, ele vai ser muito útil.

Além do mais, é um volume pequeno, bem leve, fácil de manusear, ao contrário dos dicionários de inglês (gerais) que eu tenho em casa.

A autora é professora de inglês e mantém um blog sobre moda: http://inglesnamoda.blogspot.com/

[terminei em ...,  ops! 
como assim?
Quem é que "termina" dicionário? 
Mesmo que o leia  todo (?!?),
ele fica sempre na prateleira para consulta...]

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Livros e arte - 17


Pierre Auguste Renoir

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem eira nem beira

Sans Feu ni Lieu
Fred Vargas (1997)
J'ai Lu (285 pág.)

Eu tenho o hábito de variar os autores, de forma a conhecer estilos diferentes, mas, às vezes, a gente se identifica com um e dana de ler a obra toda...

A minha relação com os livros da Fred Vargas está indo por esse caminho.  Este já foi o oitavo.

Como sempre, a narrativa é fluida, os personagens ultra-reais, quase dá para tocá-los, as pistas vão se formando de forma que a gente acompanha o pensamento dos investigadores e pode, até, tentar adivinhar o assassino.

Neste romance, a investigação é conduzida por Louis Kehlweiler e
os "evangelistas", que também aparecem em "Un peu plus loin sur la droite" (Kehlweiler, Marc e Mathias) e em "Debout les morts" (somente os evangelistas, sem o Alemão).

Um homem jovem, acordeonista, meio abobalhado, chega a Paris, procurando uma velha prostituta que havia cuidado dele quando criança.  Ele está sendo procurado pela polícia como o responsável por ter assassinado duas mulheres de forma brutal.  
Marthe, por sua vez, procura seu grande amigo, Louis, antigo investigador do Ministério Público, (chamado de Alemão por ser "filho da guerra", de uma relação entre um soldado alemão e uma francesa) que aceita ajudá-la embora não estivesse convencido da inocência do rapaz.
Para isso, ele procura a ajuda de Marc, historiador especializado no período da Idade Média e seus outros amigos (seu tio Vandoosler, Lucien e Mathias).


O livro é bom, mas não é ótimo. Em outros da autora, conforme ia chegando ao fim, ficava triste de ter de me separar do livro,  mas este eu realmente queria acabar.  Os personagens eram velhos conhecidos, de outros livros, mas neste, as personalidades estavam meio atrapalhadas, fato apontado várias vezes na própria história, o que tornou a leitura um pouco mais pesada do que o habitual.

Mas, mesmo assim, recomendo.  Não é o melhor dela, mas é bom.



[terminei em 06/02/2011]

sábado, 12 de fevereiro de 2011

50 vestidos que mudaram o mundo


Cinqüenta vestidos que mudaram o mundo
(Fifty dresses that changed the world)
Michael Czerwinski (2009)
trad. Cecília Martins
Desing Museum (107 pág.)

Cada dia que passa eu chego à conclusão que eu sou muito exigente.  (É eufemismo para chata mesmo).

Eu leio o livro, acho bobo, dou uma olhada na internet e todo mundo diz que é maravilhoso!
O problema só pode estar em mim, não é?

Bom, enquanto eu continuo achando que não, o livro é bobo.
Um museu (não se sabe de onde... a ficha técnica não diz... a gente imagina ser de Londres...) resolveu selecionar vestidos (não se sabe se dentre sua coleção ou se ao léu...) que teriam mudado o mundo.


O livro é organizado com uma página com foto e a outra com dois ou três pequenos parágrafos sobre o tal do vestido, e é só.

A revisão foi "quelque chose": faltam letras aqui, sobram letras ali... (até nos nomes das grifes:  Comme des Garçons  por favor, Sr(a). revisor(a) Aiko Mine!)
Mas falta conteúdo. Isso falta.

Só não fiquei muito chateada porque o comprei em uma promoção e custou mais ou menos o preço de uma revista de moda.  É o que ele é.


[terminei em 03/02/2011]

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Livros e Personalidades - 15


Alain Delon lendo.

Na realidade, ele não estava lendo... 
mas precisava?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tintin no país do ouro negro

Tintin au pays de l'or noir
Hergé (1939/40 em preto e branco e 49/50 a versão em cores)
Casterman (62 pág.)

Hergé começou a escrever a história logo após o álbum "O cetro de Ottokar" mas parou, vindo a terminá-la muitos álbuns após.
Por esse motivo, o capitão Haddock aparece rapidamente no início e volta somente no final, com uma breve menção ao Prof. Girassol, já que os personagens não se conheciam na época em que o álbum foi iniciado.

A narrativa começa na época imediatamente anterior à 2ª Guerra, e uma companhia de petróleo, tentando dominar poços árabes, altera os combustíveis de forma a causar explosões.
Tintin resolve investigar e parte para o deserto.  Lá encontra um vilão que já havia aparecido no álbum "Ilha negra".
 
Não é dos meus preferidos.  A história é meio confusa, Tintin se livra da morte várias vezes por pura sorte, o filho do Emir é um chato de marca maior e Milou não tem uma participação muito ativa, (o que é uma pena, já que é meu personagem favorito...).

Diverte sempre, é claro, mas há outros melhores na série.

[terminei em 30/01/2011]

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Catorialist

 Gosto de bichos em geral. 
Acho bobo quem toma partido de um e despreza os outros.  Afinal, para um ser bom é preciso que os outros não o sejam?

Mas tenho um carinho especial por gatos. Sei lá porque.  Nunca parei para filosofar sobre a matéria. Gosto, sempre gostei e pronto. 

Nos meus passeios bloguísticos, tenho visto muitos gatos, seja em casas de amantes de livros, seja em casas de amantes da costura.  Deve ser coincidência, ou os gostos são afins...   
Daí que achei a referência a um blog de gatos, inspirado no célebre blog de moda o "Sartorialist":

É,sim,  o "Catorialist": http://thecatorialist.blogspot.com/

Gatos de todo o mundo. Street cats e home cats.  Todos uma graça. 
Vale a visita.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Livros e arte - 16

Há uma revista americana, que não conheço, não sei se é boa ou ruim, chamada "New Yorker".

26/06/1995
Se depender das capas, ela é ótima.  Eles não usam fotografias, só ilustrações. Só por este motivo, já a acho o máximo dos máximos.

Imagino, ainda, que a revista se destine ao público que gosta de ler, já que de quando em quando, as ilustrações se referem a livros e leitura, outra característica que conta muitos pontos na minha escala de valores...


25/12/1995
Os ilustradores se revezam. Então, cada exemplar (semanal) tem um estilo diferente...  Mas de tempos em tempos o ciclo se fecha e eles voltam, daí que alguns temas têm um certo desenvolvimento.

É o caso destas ilustrações que escolhi para hoje, do ilustrador Owen Smith:





24/06/1996
23/12/1996

22/12/1997
Para ver todas, visite:
http://www.newyorker.com/magazine/covers/

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Obrigado, Jeeves

Obrigado, Jeeves
(Thank you, Jeeves)
P. G. Wodehouse (1934)
Trad. Cássio de Arantes Leite (2005)
Editora Globo (273 pág.)

Da mesma forma que o outro que li no ano passado (Então tá, Jeeves), este também é muito leve e engraçado.
Comecei em um dia e terminei no outro.

Bertie Wooster, o narrador, patrão de Jeeves, resolve tocar um instrumento (banjolele - algo como um bandolim? ) e enferniza a vida dos vizinhos e, também, de seu mordomo.
Ele é convidado a parar de tocar ou a se retirar do prédio.  Ele opta pelo instrumento e, quando resolve partir, Jeeves também dá um ultimato tipo "o banjolele ou eu" e pede demissão, indo trabalhar na casa de um amigo de Wooster, no terreno da qual  este também aluga um chalé.

Lá, toda uma confusão envolvendo o amigo, nobre à beira da falência, apaixonado por uma moça americana cujo pai prometera comprar as propriedades do rapaz  com um dinheiro que ele herdara de um tio meio doido para ali instalar um hospital que será dirigido por um amigo (do pai),  psiquiatra, que deve testemunhar no processo que alguns possíveis herdeiros movem para anular o testamento, garantindo que o tio não era doido.
A moça americana fora noiva de Bertie um tempo antes... e o casamento não se realizou por fofoca desse psiquiatra.

Isso, mais uns policiais muito ciosos de seu trabalho, um novo mordomo chegado a uma birita, uma tia do amigo nobre com um filho mal-educado, um conjunto de músicos negros, e a confusão está pronta.

Só Jeeves resolve.

Ah! a tradução é nota 10.
Claro que recomendo!

[terminei em 20/01/2011]