sábado, 30 de abril de 2011

Poirot - 1a temporada

Coleção Poirot
Primeira temporada (1989)
Paris Filmes

Continuando a série, descobri, com tristeza, que minha locadora só tinha a 1ª e 2ª temporadas...

É uma pena, pois essa série teve tanto sucesso que se manteve no ar por 12 temporadas!

Bom, esta também vem em uma caixa com 3 DVDs:

Disco 1
A aventura da cozinheira de Clapham - .Poirot é procurado por uma mulher preocupada com o desaparecimento da cozinheira.  Ao mesmo tempo, o inspetor Japp investiga o desaparecimento de títulos em um banco.

Morte no Beco - Uma bela jovem, que estava noiva de um político de destaque, é encontrada morta em seu quarto. Suicídio?

A aventura de Johnnie Waverly - Um casal de posses recebe ameaças de sequestro de seu filho, com data e hora marcadas.


Disco 2
O caso das amoras pretas - Dois irmãos brigados há muitos anos, morrem na mesma semana.

O apartamento do terceiro andar - Uma jovem mulher se muda para um apartamento no prédio onde Poirot mora.  Ela é encontrada morta no mesmo dia.

Triângulo de Rodes  - Em um hotel, mulher exuberante, que flertava com o marido de outra, é envenenada. 


Disco 3
Problema a bordo - Em um navio de luxo, mulher arrogante, que menosprezava a todos, em especial a seu próprio marido, é encontrada morta em sua cabine.

O roubo inacreditável - Nas vésperas da Segunda Guerra, os planos de um novo avião inglês são roubados por uma espiã alemã.

O rei de paus - Dono de um estúdio de cinema, ultra desagradável, é encontrado morto.

O sonho - Dono de uma fábrica chama Poirot para lhe contar sobre um sonho recorrente no qual se suicida às 12:28h.  Alguns dias depois, ele é encontrado morto, logo após o tal horário.

[assisti em março/2011]

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Costurando sem dor

Painless Sewing
Pati Palmer & Susan Pletsch (1975 / rev.2002)
Palmer/Pletsch (126 pág.)

Taí um livrinho prático.
Trata de entretelas, forros, bainhas, botões, zípers, ajustes, etc.

Muitas dicas e instruções de costura, sem rodeios, todas ilustradas, com desenhos ótimos: claros e divertidos.

Está em inglês, mas dá para ler, o texto é direto e o vocabulário é simples.
 
[terminei em 09/04/2011]

terça-feira, 26 de abril de 2011

Livros e Personalidades - 19

 
Jude Law lendo,
em duas ocasiões.

domingo, 24 de abril de 2011

Paz seja convosco!

E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,  os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão!
(...)
Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco!
Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito.

Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?
Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
 
(...)  E ele comeu na presença deles.
A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.
 
Vós sois testemunhas destas coisas.
Lucas 24:33-48

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O que escrevi escrevi.

Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico,  onde o crucificaram e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
 

Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz; o que estava escrito era: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
 

Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus fora crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego.
Os principais sacerdotes diziam a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que ele disse: Sou o rei dos judeus.
 

Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi.
João 19:17-22

Normalmente, junto aos condenados se colocava uma placa indicando o motivo porque eles haviam sido crucificados. 
Pilatos escreveu  nas três mais importantes línguas da época o crime de Jesus:  ser REI.

A rejeição por alguns dos judeus da época (e digo alguns porque a esmagadora maior parte de seus seguidores era de judeus) abriu vaga em seu reino para que os "não judeus" pudessem se naturalizar.

Eu já me rendi a ele. 
Glórias ao meu REI:  
Jesus de Nazaré, 
o Messias Filho de Davi.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um gato chamado gatinho

Um gato chamado gatinho
Ferreira Gullar (2000)
Ilustrado por Ângela Lago
Salamandra (47 pág.)

17 pequenos poemas, escritos de forma simples, acessível a crianças.
Neles, Ferreira Gullar canta e conta as características de seu Gatinho, companheiro fiel.
As ilustrações são bem interessantes.

Leitura suave que, infelizmente, não toma mais que alguns minutos.

Difícil mesmo foi conseguir o livro.  Me foi preciso realmente guerrear por ele.  A empresa onde o comprei mandou um pacote, com outros livros, mas sem este.   Fiquei mais de um mês no telefone...
Não falo o nome da empresa porque, afinal, o livro chegou, mas a relação foi abalada, profundamente abalada.

[terminei em 25/03/2011]

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Fuso Horário do Amor

O Fuso Horário do Amor
Décalage Horaire (2002)
Dir. Danielle Thompson
Juliette Binoche e Jean Reno

Comédia romântica. 
Lindo filme.

Embora o roteiro tenha sido escrito pela diretora, parece bem uma peça de teatro, já que quase a totalidade do tempo são somente os dois atores, juntos ou sozinhos, que estão em cena.

Ela, uma esteticista com dificuldades para se livrar do controle da mãe, do namorado, da amiga, resolve ir embora, aproveitando um convite para trabalhar em um salão de cabeleireiros no México.

No aeroporto, ela descobre que toda Paris está em greve. 
Os aviões não saem, mas o namorado, violento, com a greve, iria chegar mais cedo em casa e encontraria, antes da hora, o bilhete que ela deixou.

Apavorada, ela liga para a amiga para que ela retire o bilhete. 






No entanto, o celular cai dentro do vaso sanitário e some...

Querendo continuar a conversa, ela pede emprestado o aparelho de um outro passageiro.




Ele, um cozinheiro famoso que possui uma linha de congelados americana, quer ir ao enterro da avó da ex-namorada que o deixou, também com um bilhete.



Os aviões, por causa da greve, não saem...

Mais não conto.




São dois atores maravilhosos, dando um show de interpretação, com uma direção muito bem cuidada.

Vi, gostei, comprei o filme e revejo sempre.
Já está até me dando vontade novamente.  

(E ainda é em Francês, como é agradável de ouvir!)
Binoche, Reno e a diretora Danielle Thompson

[assisti ...... várias vezes]

sábado, 16 de abril de 2011

Livros e arte - 19

Três telas do pintor francês Claude Fossoux (1946- ). 


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Poirot

Poirot
Segunda temporada (1990)
Paris Filmes

(Pois é Mi, você deu o pontapé de partida e agora me deu a louca da Ágatha Christie....  virou febre!)

Depois daquele DVD anterior, procurei por uma continuação, mas não havia, pelo menos não na minha locadora.  Mas me apareceram com esse, que eu não conhecia.

É a segunda temporada de uma série (já antiga) para a TV inglesa.

Detetive resolve qualquer problema, somente pensando, conta com uma ajudante/secretária, um ajudante/associado que é totalmente abobalhado e trabalha com um chefe de polícia que depende sempre dele para solucionar os casos e o admira loucamente. 
Além de tudo, o personagem é maníaco com a sua aparência e com a organização das coisas....  será que o Monk foi inspirado nesta série? 
Sem dúvida alguma!
É por isso que as duas são boas.

O ator que faz Hercule Poirot, David Suchet, é ótimo.
Acabei de ver a segunda temporada e já vou para a primeira ou terceira, depende de qual não está alugada.

Mas vamos lá.  A caixa vem com 3 DVDs:

Disco 1
A casa do penhasco - Poirot está em um hotel e conhece bela jovem que possui uma casa antiga bem perto e vem sofrendo diversos "acidentes", entre eles uma bala que perfura seu chapéu enquanto conversa com o detetive.

A Dama em apuros - Uma mulher conhecida, às vésperas de seu casamento, procura Poirot e diz que está sendo chantageada por uma carta escrita, muitos anos antes, para um amor de juventude.  Ela conta que o chantagista mostrou a ela a carta e, em seguida, a guardou em uma caixinha de madeira.

A Mina perdida - Um diretor de banco procura Poirot para encontrar um homem desaparecido que viera da China para negociar um mapa de uma mina de prata.


Disco 2
O mistério da cornualha - Uma mulher procura Poirot pois acha que está sendo envenenada pelo marido.

O duplo delito - Poirot está deprimido e resolve viajar para um hotel de águas.  No caminho, encontra uma mocinha que trabalha para sua tia e está viajando para vender umas miniaturas de pinturas dos ministros de Napoleão. No meio da viagem, elas desaparecem.

O desaparecimento do Sr. Davenheim - Poirot aposta com o Chefe de polícia Japp que consegue solucionar o desaparecimento de um banqueiro sem sair de casa.

Disco 3

A aventura do apartamento barato - Casal encontra ótimo apartamento em prédio de luxo por preço irrisório e acha estranho que, quando foi vê-lo, a única pergunta que a proprietária fez era o seu nome:  Robinson.

O primeiro ministro sequestrado - Primeiro ministro inglês, imediatamente antes da 2ª Guerra, quando iria a uma conferência em Paris para evitar o armamento da Alemanha, é sequestrado.

A aventura do Estrela do Ocidente - atriz Belga, como Poirot, está recebendo ameaças com relação a um diamante enorme (Estrela do Ocidente) que seu marido lhe havia dado de presente.

[assisti em março/2011]

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Mapa do Tempo

O Mapa do Tempo
Félix J. Palma (2008)
Intrínseca (470 pág.)

Nunca tinha ouvido falar do autor, mas vi um comentário em um blog (perdoe-me, mas não sei mais qual) que me despertou o interesse e comprei o livro.
Grata surpresa.

É um livro chiclete.  Você gruda nele e não larga até o final...

O autor junta todas as histórias sobre viagem no tempo e faz um tecido único. 
H.G.Wells, mais que inspiração, se transforma em personagem, elo de ligação entre as diversas narrativas e, até mesmo, fio condutor da história.

Palma trata da viagem no tempo pela ciência, pela magia, pela mutação genética e, especialmente, pela imaginação.

Durante a narrativa, cita diversos escritores, livros e contos.
Entre eles, uma curiosidade: Luciano de Samósata, escritor nascido no ano 135 (é isso mesmo, sem o milhar) que escreveu uma história sobre a viagem à lua.

Muitas dessas obras, inclusive, geraram  inúmeros filmes de ficção.
Durante a leitura, lembrei de "Cyrano de Bergerac", "De volta para o Futuro", "Em algum lugar do passado",  "Eu Robô", "O Show de Truman - o show da vida",  "Memória Curta", "As minas do Rei Salomão", "Duna" e, até, "X-Men".

É divertido e, ao mesmo tempo, trata de um dos grandes problemas do ser humano, a necessidade de fazer escolhas e de conviver com as dúvidas: Quais serão as conseqüências da opção que escolhi?  e Quais seriam as conseqüências das outras opções, das que não segui?


"... o medo da morte..., sempre nasce da certeza de saber que o universo não morrerá conosco, mas seguirá o seu curso, como o cachorro continua vivendo depois da retirada do carrapato."

A capa da edição brasileira é a mais bonita, mas infelizmente não descobri de quem é o desenho a bico de pena... quem souber, por favor, me conte.

A tradução, de Paulina Wacht e Ari Roitman, é fluida bem agradável.

Como o autor diz, a viagem no tempo existe, sim:
para o passado a gente vai com a memória, e, para o futuro, com a imaginação...

Super recomendado.
[terminei em 25/03/2011]

domingo, 10 de abril de 2011

Testemunha da Acusação & outras peças

Testemunha da Acusação & outras peças
Agatha Christie (1948)
L&PM (339 pág.)

Este livro reúne quatro peças da autora, encabeçadas pela que dá o título e que, segundo a contracapa, é "a peça mais encenada da história do teatro britânico", que vou deixar por último.

A Hora H
Em uma casa de campo, se reúnem vários conhecidos.  Neville, sua mulher Kay, e sua ex-mulher Audrey,  Ted, amigo de Kay,  Royde (apaixonado por Audrey), a dona da casa, Lady Tressilian, sua acompanhante, Mary, um velho amigo da senhora, Sr. Treves.  Um assassinato ocorre.
O título vem de um livro policial que é lido por Royde e que diz que: "um assassinato é a culminância de várias circunstâncias que convergem, todas elas, em dado momento e em dado lugar" - a hora H.
A terceira em qualidade.

Veredicto
Professor pobre casado com mulher doente, é assediado por uma aluna rica. 
A mais fraca. O final é meio sem pé nem cabeça. 

Retorno ao assassinato
Jovem, às vésperas de seu casamento, recebe carta deixada por sua falecida mãe e descobre que seus pais não haviam morrido em um acidente:  seu pai fora envenenado e sua mãe morrera na cadeia, condenada pelo assassinato.   Mas na carta, ela afirma sua inocência.
Carla (a moça) resolve, então, encontrar as pessoas que estavam na casa, para unir as histórias e descobrir a verdade.
A segunda melhor.

e, finalmente,

Testemunha da Acusação
Leonard Vole é acusado de ter assassinado uma mulher mais velha, de quem era o único beneficiário no testamento.  Ele contrata um dos melhores advogados para defendê-lo.  Durante o julgamento, sua mulher é chamada para testemunhar contra ele.  Só que, pelas leis britânicas, uma mulher não podia testemunhar contra seu marido...

A peça é muito boa, fundada no fato de que as pessoas julgam as outras a partir de seus conceitos pré-existentes, ou seja, preconceitos.


Virou filme. (1957)

Filme, não, filmaço!  Uma das poucas ocasiões em que o cinema conseguiu melhorar um livro.

A seleção de atores é fantástica:  Charles Laughton e Marlene Dietrich estão maravilhosos e Tyrone Power cumpre o escrito (foi o último filme dele, morreu logo após).


 
John Williams
O elenco de apoio é mais que eficiente, com destaque especial para Elsa Lanchester, a atriz que faz a enfermeira (personagem que não existia no original) e para o sempre simpático John Williams como advogado amigo.

Elsa Lanchester

A cena em que a empregada da vítima (Una O'Connor, ótima)  sobe ao banco das testemunhas foi imitada na refilmagem de "12 angry man" e "Meu primo Vinny".


Billy Wilder e Marlene Dietrich em 1996

Billy Wilder (o diretor)  acrescenta movimento e colorido à trama ao quebrar a tensão com gotas de humor. 
É o tipo de filme que a gente vê muitas vezes, apesar de já saber o final e conhecer a trama.
Eu já o assisti várias e várias vezes.   Um de meus favoritos.

Recebeu 6 indicações, mas não ganhou nenhum Oscar.
O premiado do ano foi "A Ponte do Rio Kwai".  É um bom filme, mas prefiro este (muito mais!).



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Resumindo: o livro é bom e recomendado, mas o filme é IMPERDÍVEL.
[terminei em 16/03/2011]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Livros e Personalidades - 19


Quando estava preparando o último post, ao citar um trecho do livro do Hemingway, me lembrei deste poema.
Como ele é muito lindo e merecia destaque, não o incluí naquela postagem, mas preparei uma exclusiva, toda especial:

O Velho do Espelho - Mario Quintana

Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus, Meu Deus...Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga...Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!-
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...



quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Velho e o Mar - 2

The Old Man and the Sea (O Velho e o Mar)
Ernest Hemingway (1952)
Scribner (127 pág.)

Em que se resume a vida?

O que faz com que busquemos trabalhar, fazer novamente o que já fizemos antes, mas melhor, diferente a cada vez, buscando superar os outros e a nós mesmos?

Por que lutamos por continuar a viver, mesmo que seja dolorido, memo que estejamos cansados, desanimados e sozinhos?

Hemingway não coloca nenhuma destas questões no livro, mas não se termina de ler a história sem ter pensado em tudo isso, e mais.

Um homem velho, pobre, sozinho e desacreditado sai com seu pequeno barco, como todos os dias, para pescar.  Há 84 dias que ele repete o processo mas não pesca nada.
Nesse dia, entretanto, embora não saiba, ele está saindo para  pescar o maior e mais bonito peixe de sua vida, um peixe que não é seu inimigo, mas seu "irmão",  mas ele tem que  matá-lo, mesmo assim, ainda que seja necessário morrer tentando.

O livro trata, ainda, da amizade e da necessidade de o jovem aprender com o mais velho.
Fala dos sonhos, das memórias e do conflito entre a juventude da alma e a velhice do corpo:
"Everything about him was old except his eyes ..."  (Tudo nele era velho, exceto seus olhos)

Linda história, maravilhosa obra.
Demorei meses para chegar ao fim, embora o livro seja curto, pouco mais de cem páginas, acho que em decorrência da densidade.  Precisava de tempo para digerir, para respirar  (além da dificuldade com o inglês, é claro).

Livro super recomendado.

Há alguns anos, um animador russo (Aleksandr Petrov) fez um belíssimo trabalho com a história.
Ele realizava pinturas a óleo (que demora a secar) sobre uma mesa de vidro iluminada por baixo e ia fazendo pequenas alterações conforme fotografava as imagens.  Levou dois anos para terminar.  Ficou incrível  e ganhou o Oscar de animação.

No Youtube o filme está disponível, em partes.  Infelizmente não com legendas em português.
Aqui fica a primeira delas:

[terminei em 11/03/2011]

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Velho e o Mar - 1

The Old Man and the Sea (O Velho e o Mar)
Ernest Hemingway (1952)
Scribner (127 pág.)

Meu inglês não é dos melhores.
Mas sabia que esta obra era conhecida, entre outras qualidades, pelo fato de Hemingway ter usado um inglês simples, coloquial.

O livro é curto, esta edição, em papel jornal, estava barata, daí resolvi arriscar e ler o original, em inglês.

Pretendia usar como bengala um exemplar do meu marido, edição do Círculo do Livro com tradução de Fernando de Castro Ferro, mas não deu.

Tradutor tem que respeitar a obra, e esse senhor desrespeitou o Hemingway logo na primeira linha (e em muitas outras).
A tradução não pode alterar o que foi escrito.  Uma obra se torna uma obra de arte pelo cuidado do autor na escolha das palavras, pelo destaque que ele dá a uma ou outra e pela ordem em que elas aparecem.

O original começa assim:
"He was an old man who fished alone in a skiff in the Gulf Stream and he had gone eighty-four days now without taking a fish"
"Ele era um homem velho que pescava sozinho em um esquife na corrente do Golfo e havia 84 dias que não pegava um peixe" (tradução minha)

Obviamente, a imagem que fica registrada é a de um homem velho, decadente e solitário. 
O nome dele só vai aparecer na segunda página, quando um menino que antes o ajudava fala com ele.

Essa escolha não é à toa.  Hemingway faz com que a gente se identifique com o homem, com a solidão, com o drama do tempo que passa, tirando de cada um de nós a força e o vigor e deixando as memórias e lembranças de muitos erros e derrotas e, finalmente com a proximidade da morte.
É um homem sem nome, um ser humano como outro qualquer. Como eu e você. 

Somente quando a imagem já se cristalizou, aparece o nome, Santiago, que poderia ser Manoel, Carlos, Henrique...

Mas o tal "tradutor" começa assim:
"O velho chamava-se Santiago. Dia após dia, tripulando sua pequena canoa, ia pescar na corrente do Golfo. Mas nos últimos oitenta e quatro dias não apanhara um só peixe."

Não é um absurdo?  Se o fulano acha que pode inventar história, porque não faz a dele, que ninguém vai editar e ninguém vai ler?   Mas mexer no trabalho de outro, especialmente de uma obra-prima da literatura mundial, realmente...

Fiquei muito indignada com o que esse senhor fez, motivo porque registro aqui o nome, para nunca ler um livro que tenha sido traduzido por ele, já que esse eu, Graças a Deus, não li, vez que tinha a sorte de possuir a versão original.

É uma pena, porque a referida edição era ilustrada por Ênio Squeff, em belíssimos trabalhos a bico de pena.  E foi só o que eu aproveitei do volume.

Desculpem o desabafo, no próximo post falo só sobre a obra, prometo.
[terminei em 11/03/2011]

sábado, 2 de abril de 2011

A Moda

A Moda
Erika Palomino (2003)
PubliFolha (100 pág.)

Texto introdutório sobre moda, encomendado pela Folha à escritora.

Ela escreve bem, tem conhecimento sobre o assunto, ou seja, o resultado é legal.

Mas como o espaço é pouco, o texto ficou curto e, conseqüentemente, ela não tinha condições de apresentar mais detalhes.
O bacana é que ela dedicou todo um capítulo ao Brasil, e à nossa moda.


[terminei em 28/03/2011]