William Shakespeare (1590)
LP&M (120 pág.)
Teatro.
Normalmente não gosto de contar o enredo, mas, neste caso, que o enredo é mais que conhecido, vou deixar os escrúpulos de lado:
Teseu, duque de Atenas, está para se casar com Hipólita.
Para comemorar as bodas, um grupo de artesãos se põe a ensaiar uma peça de teatro e marca um ensaio no bosque, à noite.
Durante os preparativos para a festa, o duque é procurado por Egeu para resolver o problema causado por sua filha Hérmia, que fora prometida a Demétrio, mas se recusa a casar com ele, preferindo Lisandro que também a ama.
Teseu dá o veredito e diz a Hérmia que ela deve se casar com Demétrio ou entrar para um convento.
Os apaixonados resolvem, então, fugir e marcam um encontro no bosque, à noite.
Demétrio, por sua vez, é amado por Helena, com quem estava prometido, anteriormente, tendo-a abandonado por Hérmia. Ela, sabendo do plano de fuga de Hérmia e Lisandro, conta tudo a ele.
Resumindo, todo mundo vai para o bosque à noite....
Enquanto isso, no mesmo bosque, o rei das fadas e duendes briga com a rainha e manda um ajudante buscar a flor do amor-perfeito para espremê-la sobre os olhos da rainha, fazendo com que ela se apaixone pelo primeiro ser que vir ao acordar.
No caminho, para se divertir, o ajudante passa por um dos atores que estava no ensaio e transforma sua cabeça em uma de burro...
A flor é espremida a torto e a direito, fazendo com que a rainha se apaixone pelo burro, Demétrio e Lisandro deixem Hérmia e se apaixonem por Helena.... ou seja, confusão total.
No final, as coisas se ajeitam e os atenienses voltam para as bodas de Teseu, achando que sonharam com tudo.
Durante a festa, a peça é representada (uma peça dentro da peça, como na Megera Domada), contando o caso de amor de Tisbe e Píramo, que lembra o de Romeu e Julieta...
Os especialistas em Shakespeare ressaltam sempre a qualidade do texto, normalmente rimado, característica que, com a tradução, se perde bastante. Mas duas frases, em particular, me chamaram a atenção, já que têm vida fora do contexto:
"(...) os homens que mais detestam as falsas crenças são os que tiveram de abandoná-las porque nelas acreditavam."
"(...) têm língua amarrada o amor e a simplicidade: quanto menos falam, mais dizem".
A obra foi musicada por vários compositores, entre eles, Mendelssohn. Dentre as peças que compõem seu balé, está a super-hiper-conhecida marcha nupcial.
São muitos filmes que montam a peça ou a citam, motivo porque não vou nem tentar citá-los aqui.
[terminei em 10/04/2013]
Adooooooooro!!! Acho que é um dos meus Shakespeares preferidos. :-)
ResponderExcluirBjs, Larissa.
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