quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Indiscreta

Indiscreta (Indiscreet)
Stanley Donen (1958)

Tem filmes que a gente teima que nunca assistiu e, quando resolve pegá-los, descobre que já tinha visto....
Foi o que aconteceu recentemente com este.

Atriz célebre que mora em Londres, após diversos relacionamentos amorosos não muito bem sucedidos, conhece um homem de negócios americano, rico, através do marido da irmã que o procurava convencer a assumir um cargo na OTAN.
Só que, apesar do evidente interesse mútuo, ele lhe confessa ser casado.

Em decorrência de problemas com a censura, o diretor, para mostrar os dois deitados, utilisou o recurso de repartir a tela em duas partes, mostrando Cary Grant à esquerda, em sua cama de hotel e Bergman, à direita, em sua própria cama, em casa.
O efeito já havia sido utilizado em um filme preto-e-branco de 1932 e, mais recentemente, foi repetido no filme "Harry and Sally". Neste filme, no entanto, há um toque bem romântico, quando o diretor consegue reunir as mãos de ambos na interseção das imagens. (na foto faltava pouco para esse momento, uma pena!)

Comédia romântica que, embora conte com Ingrid Bergman (linda, charmosa, majestosa, boa atriz) e Cary Grant (lindo, charmoso, bom comediante), não deslancha.
Os dois já haviam trabalhado juntos no filme "Notorious" de Hitchcock e tinham formado um belo casal, com boa química, mas na época desse filme, passavam por problemas sérios decorrentes de seus relacionamentos, ele com problemas em seu casamento, parece que em decorrência de ter-se apaixonado por Sophia Loren com quem filmou Houseboat no mesmo ano,  e Bergman pelo escândalo mundial decorrente de seu envolvimento com Roberto Rosselini, diretor de cinema italiano, que não podia se divorciar pelas leis então vigentes na Itália.

Mas acho que o problema é do roteiro mesmo que, apesar de inspirado em uma peça de teatro, não tem muito a dar.  (Na foto, a cena do baile em que ele faz graça dançando)

Foi filmado em Technicolor e, por causa disso, o cenário é todo colorido.
O figurino dela, embora não haja indicação nos créditos, tem vestidos de Dior.
O nome em português foi péssimamente escolhido, já que deveria ser "Indiscreto".

Resumindo, é um bom filme, bem cuidado. Serve como passatempo.

[assisti "novamente" em dezembro/2010]

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