quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Livros e personalidades - 27



Anne Hathaway lendo, na vida real e na ficção. 

Eu sei que a jovem atriz tem o hábito da leitura, porque a vi afirmar, em uma entrevista de divulgação do filme Amor e Inocência, que lera toda a obra de Jane Austen.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tchaikovsky

Pyotr Ilyich Tchaikovsky


Compositor russo (1840 - 1893)

Concerto para piano nº 1 em Si bemol maior op. 23
Gravado em 1973 
Orchestre de la Suisse Romande
Solista - Martha Argerich (célebre pianista argentina nascida em 1941)

Esse, para mim, é O concerto para piano.  Sou louquinha por ele.
E ela toca maravilhosamente bem.
Aproveitem:

Primeiro Movimento
Allegro non troppo e molto maestoso – Allegro con spirito (Si bemol menor → Si bemol maior)


Segundo Movimento
Andantino semplice – Prestissimo (Ré bemol maior)


Terceiro Movimento
Allegro con fuoco (Si bemol menor → Si bemol maior)



sábado, 27 de agosto de 2011

Diário de um magro 15 anos num spa

Diário de um magro 15 anos num spa
Mario Prata (1997/2011)
Planeta (144 pág)

Recentemente, no programa do Jô, vi uma entrevista do Mario Prata e quase morri de rir.
Comprei correndo o livro.
Gostei mais da entrevista.

Acompanhando um amigo que queria emagrecer, ele acabou se hospedando em um SPA, para ver se parava de fumar e desintoxicava da bebida.
Lá, resolveu fazer anotações, como em um diário, para um livro.
Deu nesse  ( E o autor gostou tando da dose que voltou outras vezes para lá).

Ilustrado pelo Paulo Caruso, que também se hospedou no mesmo SPA, tem histórias interessantes, engraçadinhas, mas fica nisso.

Acho que ri tanto na entrevista que esperava repetir a dose com o livro.  Não foi possível.

Pena.

[terminei em 08/08/2011]

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Oceanos e Microcosmos

Oceanos (Oceans)
dir. Jacques Perrin, Jacques Cluzaud

Documentário.

O filme vale pelas imagens, já que infelizmente o texto não explica nada do que se vê, mas as imagens valem, são incríveis.

A gente vê animais que nem imagina que existissem.

Todas aquelas formações de peixes que aparecem no desenho do Nemo estão lá, na vida real.

[assisti em 25/06/2011]

Lembra muito o maravilhoso documentário, também francês:

Microcosmos - Le peuple de l'herbe
dir. Claude Nuridsany, Marie Pérennou (1996)

Nesse, os astros são os pequeninos habitantes da erva, insetos, caracóis, etc.

Se o do mar é bom, esse é excelente.  Lindas imagens que nos concedem momentos de êxtase.

Veja, veja e veja novamente.


[assisti em 1997]

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Livros e arte - 27

 
Tatsuro Kiuchi
ilustrador Japonês (1966 - )

domingo, 21 de agosto de 2011

João Nogueira e Paulo César Pinheiro

Me animei com a inclusão, na semana passada, da música nesse blog. E vou prosseguir.

Agora, com uma brasileira, muito linda, do já falecido João Nogueira.



Espelho
João Nogueira

Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz

Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai (Bis)

Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás

Eh, vida à toa
Vai no tempo vai
E eu sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (Bis)

E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já

Eh, vida voa
Vai no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar (Bis)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Metamorfose

La Métamorphose
Franz Kafka (1915)
ebook (+/- 100 pág.)

Soco no estômago.  É o que esse livro é.

Jovem que se esforça como louco para trabalhar como caixeiro viajante de forma a sustentar sua família, seu pai falido, sua mãe asmática e sua jovem irmã que toca violão,  um dia acorda e se vê transformado em uma barata.
Uma grande barata.

A partir desse momento, ele tem que conviver com a reação da família e dos estranhos que entram em sua casa.

Depois de ter lido o livro, vi algumas "críticas" em sites de livrarias e, surpreendentemente, encontrei pessoas que acharam chata a história e outras que a acharam "engraçada".

Eu realmente não posso compreender essa reação.

Quem não gosta desse livro deve se dar muito bem com sua família.

No entanto, há pessoas que, como Gregor Samsa, vêem que, apesar de todos os seus esforços passados, ao menor problema que enfrentam, são rejeitados por todos os que as rodeiam, como se fossem seres asquerosos e inúteis.


Kafka tem a capacidade de colocar o dedo no fundo da ferida humana com uma escrita fluida que mantém o interesse permanente do leitor.

Sua escolha da barata é perfeita, porque é um animal que não apresenta grandes riscos, já que a barata não morde nem pica e qualquer pancada é suficiente para eliminá-la da face da terra, mas, talvez por estar claramente vinculada à imundicie,  causa terror à maioria das pessoas.


Kafka se sentia rejeitado.
Quem não se sente?

Recomendo.
Muito.

[terminei em 17/07/2011]

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cinema Paradiso fica aqui


Gosto muito de cinema.  Sala escura, telona, silêncio...

Mas hoje, ir ao cinema ficou complicado. É preciso comprar ingressos com antecedência, com lugar marcado, quando o créditos estão passando as luzes já são acesas e o pessoal da faxina entra na nossa frente....

Nem sempre foi assim.  A gente entrava no cinema no meio da sessão e continuava a ver o filme na sessão seguinte.  Se tivesse tempo e gostado muito do filme, via duas vezes.  Ia ao cinema toda a semana, era barato.
Se era lançamento de sucesso, assistia sentado no chão, nas escadas (Amadeus eu vi assim, no cine Veneza).  O torcicolo valia pelo clima geral. Havia música entre as sessões, as cortinas de veludo abriam e fechavam, as salas eram gigantescas, com lustres bonitos, as ante-salas cheias de espelhos, uma beleza!
Aliás, cinema para mim tem gosto de Mentex...

Muito bem.  Nem tudo está perdido.

Um ex-delegado que fora responsável por uma delegacia em Copacabana, triste pelo fechamento dos cinemas, em particular o Metro Tijuca, bairro onde morava, resolveu construir um cinema, nos moldes antigos, no quintal de sua casa na Cidade de Conservatória.
Em entrevista ele disse que, não podendo reconstruir o Metro, fez o Centímetro.
Recolheu peças originais vindas do Metro Tijuca e Copacabana e fez uma salinha linda, cheia de charme.

Maravilha!   Fiquei cheia de vontade de ir a Conservatória.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Livros e personalidades - 26

Agatha Christie
Escritora britânica  (1890 - 1976)
A montanha de livros indica o grande volume de sua produção 
(foram 86 romances e 24 peças de teatro).

sábado, 13 de agosto de 2011

Bravura Indômita

Bravura Indômita (True Grit)
dir. Irmãos Cohen (2010)
Jeff Bridges, Hailee Steinfield, Matt Damon

Filme de Caubói.

Menina de 14 anos, sabendo que seu pai foi assassinado por ex-empregado que o roubara,  contrata um Xerife ("Marshal") para procurá-lo.  Só que ela quer ir junto.

É uma refilmagem do filme do mesmo nome estrelado por John Wayne em 1969.

A história é basicamente a mesma, com exceção do final, completamente diferente, sendo que ao que parece, o novo seria mais fiel ao romance.  

O de 2010 é escuro, muito escuro, tem momentos em que a gente nem consegue enxergar o que se passa.

Jeff Bridges, embora se esforce bastante, não tem o carisma do John Wayne, nem de longe.

Mas a menina é ótima, e realmente, salva o filme. 
A do primeiro era chata e enjoada demais. 

A Hailee, não, tem realmente talento, especialmente sabendo-se que é o seu primeiro trabalho.

Matt Damon está bem.

O filme foi indicado a 10 Oscars, mas não levou nenhum.

E é só. Não chego a recomendar. 
Aliás, nenhum dos dois.

[assisti em 27/06/2011]

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Silvio Rodriguez

Raramente falo sobre música aqui no blog, embora seja uma das minhas paixões.

Então, por quê não começar?

Esses dias, meu marido, sabendo que amo essa música, me apareceu com esse vídeo que, além da canção, ainda mostra lindas imagens de Cuba.

Silvio Rodriguez é um compositor cubano, nascido em 1946, e essa gravação saiu em disco do mesmo nome, em 1982.

A letra está logo abaixo, para facilitar.

Espero que gostem.





Unicornio
Sílvio Rodriguez

Mi unicornio azul ayer se me perdió,
pastando lo dejé y desapareció.
Cualquier información bien la voy a pagar.
Las flores que dejó no me han querido hablar.
Mi unicornio azul ayer se me perdió,
no sé si se me fue, no sé si extravió,
y yo no tengo más que un unicornio azul.
Si alguien sabe de él, le ruego información,
cien mil o un millón yo pagaré.
Mi unicornio azul se me ha perdido ayer,
se fue.

Mi unicornio y yo hicimos amistad,
un poco con amor, un poco con verdad.
Con su cuerno de añil pescaba una canción,
saberla compartir era su vocación.
Mi unicornio azul ayer se me perdió,
y puede parecer acaso una obsesión,
pero no tengo más que un unicornio azul
y aunque tuviera dos yo solo quiero aquel.
Cualquier información la pagaré.
Mi unicornio azul se me ha perdido ayer,
se fue.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Casa Comigo

Casa Comigo (Leap Year)

dir. Anand Tucker (2010)
Amy Adams e Mathew Goode

Comédia romântica.
No mais puro estilo, leve e óbvia mas divertida e romântica.

Moça de família irlandesa que namora há anos com um médico, sem que ele a peça em casamento, fica sabendo por seu pai que na Irlanda há uma tradição em que nos anos bissextos (daí o nome original do filme - Ano bissexto) as mulheres podem pedir os homens em casamento no dia 29 de fevereiro.
Coincidentemente, o namorado vai à Irlanda para uma convenção, justamente no fim de fevereiro de um ano bissexto.

Ela se manda para lá, mas o avião pega uma tempestade e tem que parar longe. Ela pega um barco, mas não avança muito.
Acaba em uma espécie de pousada e consegue que alguém a leve até Dublin, justamente o rapaz da foto ao lado...
A viagem é longa...

Lembra muito o filme "Aconteceu naquela noite".
Gostei.
[assisti em 24/06/2011]

domingo, 7 de agosto de 2011

Livros e arte - 26

Já que falei de Molière, ei-lo, duas vezes:

 
Molière lendo seu Misantrope no Albergue do Carneiro Branco (Mouton Blanc) em 1666.
Óleo sobre tela de autor desconhecido.

Molière lendo Tartuffe chez Ninon
Tela de Monsiau Nicolas Andre (1802)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Doente Imaginário

Le Malade Imaginaire
Molière (1673)
ebook (+/- 93 pág.)

Teatro

Viúvo que se casou novamente com mulher que finge amá-lo mas está somente interessada no dinheiro que poderá ganhar após sua morte, é hipocondríaco e gasta fortunas em médicos, remédios e tratamentos.


Querendo economizar, resolve casar sua filha mais velha com um médico. Só que ela é apaixonada por outro jovem.

Quem resolve a questão é a empregada, tema recorrente em Molière, que coloca sempre os servos e mais pobres como mais espertos e inteligentes.

Última peça de Molière que, inclusive, morreu durante uma representação quando interpretava o "falso doente".

O curioso é que o tema da morte está permanentemente presente na história, pelo medo de Argan, pelo plano de suicídio dos jovens apaixonados, pela simulação da morte para testar os parentes...

Molière, que estava doente,  claramente se insurge contra os métodos e a exploração de médicos e farmacêuticos que cobravam fortunas por tratamentos que de nada serviam.


Não está entre as melhores peças, ainda mais porque lembra, em muito, O Avarento, pela loucura do personagem principal, um maníaco por dinheiro e outro hipocondríaco.

Só que o Avarento é melhor.

Mas, como já disse anteriormente, em outro post, Molière é ótimo e até seus trabalhos menos inspirados são bons.


[terminei em 17/07/2011]

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

História Ilustrada do Vestuário

História Ilustrada do Vestuário
(Costume Worldwide - A Historical Sourcebook)
Melissa Leventon (org.) (2008)
Publifolha (352 pág.)

Há livros para se ler e livros para consulta.
Um dicionário, por exemplo, dificilmente será lido, mas consultado, e sempre.

Esse livro é uma espécie de dicionário de imagens, formado a partir de dois outros trabalhos:




- o de Auguste Racinet, de 1876;
- o de Friedrich Hottenroth, de 1884.


e apresenta roupas masculinas e femininas de várias culturas e épocas, desde os Egípcios e Assírios, até o século XIX da Europa e Ásia, com um anexo sobre roupas da África, Oceania e Américas, sem separação temporal.
  


Traz, ainda, um estudo sobre a transformação de elementos do vestuário, como mangas, golas, chapéus e sapatos.

Todas as imagens são acompanhadas de descrições, com informações, inclusive, sobre as roupas de baixo que eram usadas com as roupas.

Embora a organizadora faça a ressalva de que os desenhistas originais possam ter colaborado de forma criativa para o resultado final das roupas, o trabalho é interessante e útil, especialmente para quem trabalha com figurinos de cinema e teatro mas também, de forma geral, como inspiração e aprendizado.

A consultar, com freqüência.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estudar sempre, a qualquer tempo, de qualquer forma.

Vi essa notícia (30/07/2011) e não pude deixar de registrá-la aqui:

Mulher com 103 anos começa a estudar.

Em São Sebastião do Passé, interior da Bahia, Maria Joviniana dos Santos de 103 anos (nasceu em 15 de julho de 1908), entrou em curso de alfabetização de adultos e não perde um dia de aula. Sob sol ou chuva, caminha 200 metros até a escola, quatro noites por semana. 

Dona Joviniana e sua bisneta na sala de aula

Dona Beduína, como é conhecida, atendeu ao chamado de uma educadora que passou por sua rua 
recrutando alunos para um programa de alfabetização do governo estadual: 

É ruim ver a palavra de Deus e não saber explicar, ver uma receita médica, não saber que dia é. Eu disse: não estou fazendo nada, vamos ver se aprendo alguma coisa”, disse a centenária, ao aceitar o desafio.

Veja a matéria completa.

É um super exemplo de vida. Esses dias encontrei um rapaz de apenas 24 anos que achava estar velho para voltar a estudar.  Não sei se é engraçado ou triste. Nunca é tarde para começar, quanto mais para voltar a estudar. 

Aprender coisas novas, ainda que não traga outros benefícios, ajuda a "agitar" os neurônios e evitar os efeitos perversos do tempo sobre a memória.