sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Fazendo vestidos

Dressmaking
Alison Smith (19??)
DK Publishing (275 pág.)
(em inglês)

Costura.

A proposta do livro é interessante, de mostrar modelos básicos de vestidos, blusas, saias, calças, jaquetas com algumas variações simples de cada uma.





E a construção de cada uma é mostrada passo-a-passo.

O único porém é que o livro é muito longo (e, conseqüentemente, caro) à toa.

Começa com toda aquela introdução a respeito dos materiais, ferramentas, que tem em todos os livros americanos/ingleses... Mais uma seção sobre tecidos... Ou seja, 79 páginas desnecessárias.  Depois, uma outra seção a respeito de elementos básicos de costura... e o livro começa, mesmo, na página 129... e termina na 275, já que, depois, há somente desenhos, em tamanho reduzido, dos moldes (o que não ajuda muito..).

Mas, como disse antes, a idéia de acompanhar toda a construção da peça, do começo ao fim, é ótima.  A maior parte dos livros ensina a costurar a gola, o bolso, a bainha.... e muitas pessoas ficam em dúvida de qual a ordem a seguir, além de ser ótimo um tutorial seguidinho, com todos os passos necessários juntos, com fotos.

Não é essencial, mas é bom para as iniciantes.

[terminei em 21/06/2013]

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A Garota de Papel

La Fille de Papier
Guillaume Musso (2010)
Pocket - 475 pág.
(em francês)

Romance.

Livro do tipo chiclete, que a gente tem dificuldade em largar.

Eu já tinha ouvido falar do autor, mas a impressão que eu tive não era boa, tipo algo bem comercial, literatura simplória.

Mas um amigo menos preconceituoso do que eu e que é especializado em livros, pessoa altamente letrada, livreiro de profissão (http://www.bonslivrosparaler.com), falou bem deste em particular e lá fui eu.

E foi realmente bom.  O livro não muda a vida de ninguém, mas é divertido, muito divertido.

Tom Boyd, um escritor de grande sucesso, namorava uma pianista também conhecidíssima no mundo todo e ela o deixa, justamente quando faltava escrever o último volume de sua trilogia.  Ele entra em depressão profunda e  seu grande amigo e empresário faz de tudo para o salvar dos remédios para dormir e da bebida.

Um desses dias em que Milo vai à casa do escritor, tentar acordá-lo desse torpor, ele leva um exemplar de um dos livros anteriores, uma edição especial, ilustrada, que precisava da autorização do autor para ser incinerada, por causa de um erro de impressão que tinha deixado metade do volume em branco, parando no meio de uma frase.

Milo obtém a autorização, mas o volume fica lá.

Durante a noite... aparece Billie Donelly.

Infelizmente não posso contar mais, senão estraga.

Mas aconselho muito, para quem quer se divertir lendo, sem preconceitos.

[terminei em 31/05/2013]

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O Pagamento

O Pagamento
Philip K. Dick (2004)
Record - 382 pág.

Contos de ficção científica.

Existem coincidências que levam a gente a conhecer novos autores. Eu ouvi falar desse autor várias vezes em um curto espaço de tempo, uma crítica de uma obra, um filme com o Matt Damon, outro com o Keanu Reeves, etc., até que encontrei esse volume em um sebo.
Comprei e li, porque tenho uma certa queda por ficção científica, mas os contos não corresponderam aos elogios da contra-capa. 

É um autor americano recente, morreu em 1982, e algumas de suas obras inspiraram os filmes: Blade Runner, Minority Report, O Vingador do Futuro e Os Agentes do Destino.


O Pagamento - Esse é o conto que deu nome ao livro e que, ao que parece, já virou filme.  Não me animei a pegá-lo.  Um homem encerra seu contrato em uma empresa e vai ao escritório receber seu pagamento.  Lá, uma secretária lhe entrega um envelope com alguns itens estranhos: um arame, um crachá, um bilhete de ônibus... Atônito, ele questiona o pagamento e verifica que ele próprio alterou o contrato para mudar o pagamento de uma certa quantia em dólares para esses badulaques.  Qual a razão?  É o que ele sai para descobrir.

Babá - Nesse ele faz uma severa crítica à indústria tecnológica e aos métodos empregados para forçar os consumidores a comprarem sempre o último modelo.  Um homem percebe que a babá-robô de seus filhos começa a apresentar avarias.  Ele resolve vigiá-la, até que percebe que outros modelos de babás-robôs, mais novos, estão atacando os mais antigos, durante a noite.

O Mundo de Jon -Em um mundo pós-destruição por uma guerra de máquinas, viajantes no tempo devem voltar ao passado para roubar uns papéis de um cientista. Na confusão, o tal cientista morre.  Ao voltar, eles descobrem que tinham evitado a guerra e seu mundo não era mais o caos que conheciam. 

Café da manhã no crepúsculo - Esse aborda uma questão interessante, sobre como as pessoas preferem as explicações que não incomodam. Família acorda, se prepara para tomar café-da-manhã e iniciar um novo dia quando percebe que, não há mais nada do lado de fora... Só poeira e fumaça. A vizinhança toda sumiu no meio de destroços e só a casa deles está de pé.

A cidadezinha - Um homem que foi rejeitado por sua família, na escola, por sua própria mulher, é demitido da empresa onde trabalhou por anos. Chega em casa e encontra a mulher com o amante.  Sem ligar para nada, vai para o porão, onde mantém um grande circuito de trem elétrico com uma réplica da cidade que ele mesmo construiu.  Irritado, ele começa a substituir os prédios dos lugares que ele não gosta por outros. E algo acontece com a realidade.

O Pai-coisa - Esse me lembra outra história qualquer.  Um menino vê pela janela seu pai conversar com outro homem, idêntico a ele. De repente, a cópia ataca o pai e suga sua vida. Depois, leva a casca vazia até a garagem e entra na casa, como se fosse o pai.  O menino finge nada ter visto e procura ajuda de seus colegas de escola, descobrindo que são seres em forma de larva que estão crescendo como casulos em uma plantação ali perto.

A cerca de cromo - Em uma sociedade do futuro espera-se o resultado de eleições entre os "Naturalistas" e os "Puristas". Antes de saber o resultado, uma família debate o assunto na hora do jantar, o filho sendo um purista, que acha que as pessoas devem ser submetidas a cirurgias para extrair glândulas de suor e para impedir o mal-hálito, enquanto o tio defende a manutenção do natural.  Os puristas vencem e o tio foge.
O pai que até então não queria saber de nada disso é quem acaba discutindo e sendo entregue aos puristas pelo próprio filho.  Mas ele prefere se deixar eliminar pela polícia a viver daquela forma.

Autofab - Para sustentar a população durante a guerra, foram criadas fábricas subterrâneas totalmente automatizadas para extrair e produzir os alimentos e os gêneros de primeira necessidade. Só que a guerra acabou e as fábricas continuam em plena operação, esgotando todos os recursos possíveis e fornecendo produtos que as pessoas não desejam...

Os dias de Pat Prafrente -  Esse é bem chatinho. Em um momento do futuro, em uma terra desolada, pessoas vivem em abrigos e passam o tempo com jogos com uma boneca, em que simulam uma vida normal para ela.

Plantão - No futuro, quando os EUA são governados por um computador gigante, o presidente é uma figura escolhida para ficar sem fazer nada, de plantão, para o caso de ser necessária. Como há muito tempo não é, escolhem sempre o funcionário mais simplório e inútil (será que tem alguma crítica nisso?). Só que a Terra é invadida por seres espaciais que destroem o computador, e é preciso que o presidente assuma. 

Uma coisinha para nós, temponautas - Esse também é bem chatinho.  Viajantes do tempo vão ao futuro e, lá, descobrem que eles morreram ao tentarem voltar para o seu tempo normal. 

As pré-pessoas - Esse é um claro manifesto contra o aborto e contra a idéia que uma pessoa possa determinar quando outra é necessária.  No futuro, as leis permitem que qualquer família que não esteja satisfeita com seu filho possa entregá-lo para "eliminação", basta que tenha até 12 anos, porque são considerados apenas "pré-pessoas".  Esse valeu o livro.

 [terminei em 14/05/2013]

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Um Otimista Incorrigível

Um otimista Incorrigível
Michael J. Fox (2009)
trad. Cassius Medauar
Planeta - 253 pág.

Esse é o segundo livro em que o conhecido ator de "De volta para o futuro" narra sua luta com o Mal de Parkinson.  O primeiro não chegou a ser publicado aqui no Brasil.

Como meu marido sofre com a mesma doença, comprei o livro.

Acho que esperava um pouco mais sobre a doença em si, mas ele centraliza as memórias aos trabalhos da fundação que ele criou para fomentar pesquisas de novos tratamentos contra a doença.



 [terminei em 30/03/2013]

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Morte em Pemberley

Death Comes to Pemberley
P D James (2011)
Faber and Faber - 330 pág.
(em inglês)

Policial.

A autora tomou os personagens de Orgulho e Preconceito e, a partir do final da história da Jane Austen, criou uma trama policial.

Quando soube do livro, fiquei ansiosa para lê-lo, já que tinha gostado muito da obra que o inspirou e comprei o meu, em inglês mesmo, porque ainda não saíra a tradução no Brasil (saiu depois, pela Companhia das Letras).

O livro é pesado, longo, e, ao contrário das várias críticas elogiando a autora americana, acho que ela foi desrespeitosa com os personagens, sugerindo idéias e motivações que nunca associaria a eles ao ler o romance da escritora inglesa.

Choque de culturas e épocas?  Talvez.
O fato de a autora ser americana, tratando de personagens ingleses fica marcado.

Mas Orgulho e Preconceito é obra que venceu o tempo e se tornou perene, e esse livro não se sustenta.

Só lembro que o li porque faço uma lista aqui no blog, senão já teria esquecido...


Decepção completa. 
Só valeu pelo esforço de ler em inglês.  Sempre acrescenta vocabulário.

 [terminei em 26/03/2013]

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Vamos às Compras

Vamos às Compras
Paco Underhill (1999/2009)
trad. Ricardo Bastos Vieira
Campus - 311 pág.


Marketing.

O autor é consultor de empresas e especializado em pesquisas e narra, neste livro, sua experiência com a venda de varejo.
O texto é, em muitos pontos, repetitivo, mas deveria ser leitura obrigatória de todas as pessoas responsáveis por lojas do mundo.

Muitos exemplos práticos de erros de abordagem de vendedores, de problemas na disposição de produtos em prateleiras, etc.

Eu não tenho loja alguma, sequer trabalho no comércio, mas me diverti muito.

E, depois do livro, não consigo entrar em nenhum supermercado ou loja sem perceber vários dos problemas apontados pelo autor...


[terminei em 21/02/2013]

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

100 Anos de Moda

100 Anos de Moda
Cally Blackman (2011)
trad. Mario Bresighello
PubliFolha
391 pág.


Moda.

Livrão, capa dura, com muitas fotos.

Muitas mesmo.





Quanto ao texto, esse não acrescenta nada, é claramente tendencioso (a autora é inglesa e a gente quase acredita que a Inglaterra foi responsável por tudo o que aconteceu com a moda no mundo...) e, conseqüentemente, tem vários erros históricos.


Mas as imagens, misturando fotos de moda, de anúncios, de celebridades e de manequins, com fotos de pessoas comuns, em todas as épocas, devidamente ordenadas cronologicamente,  fazem o livro valer a pena.



[terminei em 11/02/2013]

sábado, 7 de setembro de 2013

Chumbo nas tripas.

Du Plomb dans les Tripes
San-Antonio (Frédéric Dard) (1953)
Fleuve Noir - 223 pág.

Suspense e humor.

Ouvi muito falar sobre esse autor, por seu humor, por sua rebeldia e comprei esse livro há muito tempo. Anos.

Aguardei muito para começar a leitura com um pouco de receio sobre a minha capacidade de compreensão, já que o autor fazia uso de muita gíria e gíria antiga, dos anos 60...em francês!

Mas, agora, me enchi de coragem e enfrentei o desafio e fui bem.

San-Antonio é um espião, na época da guerra, do tipo James Bond, que conquista todas as mulheres (que ele carinhosamente chama de ratinhas "souris") e realiza feitos incríveis, quase sem sofrer arranhões.

No entanto, parece que não escolhi o melhor da grande coleção do escritor, que deixou, somente deste personagem, 175 livros, vez que este não pode ser chamado, realmente, de um livro de humor.

Aventura despretensiosa e ponto.


 [terminei em 08/02/2013]


terça-feira, 3 de setembro de 2013

A lógica do consumo

A Lógica do Consumo
Martin Lindstrom (2008)
trad. Marcello Lino
Nova Fronteira - 195 pág.

Neuromarketing.

E você perguntaria: O que vem a ser isso?
E eu responderia: Algo assustador.

O livro não é bem escrito (a edição também não ajuda), o que ele conta, em si, não é tão interessante assim, mas o que está nas entrelinhas é que importa.

De posse de máquinas de ressonância magnética, pesquisadores resolveram fazer experiências para mapear quais as reações das pessoas a propagandas, músicas, símbolos, etc.

E começam a descobrir muitas coisas que os próprios pesquisados não seriam capazes de afirmar se respondessem a perguntas diretas,  vez que questões morais as impediriam de dizer o que realmente pensam ou, até, haja reações que elas próprias não sejam capazes de perceber, de tão intuitivas.

Mas as grandes companhias, que gastam milhões e bilhões em propaganda, vão investir nisso...

E se você, chegar em casa sem saber como e porquê comprou um determinado produto, pode ter certeza de que o fabricante já entrou em sua mente.

 [terminei em 04/02/2013]

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Como Fazer um Desfile de Moda

Como Fazer um Desfile de Moda
Estel Vilaseca (2010)
trad. Ana Lúcia Trevisan
Senac - 187 pág.

Moda.

Livro bobo.

Eu pensei que a autora mostrasse qual é o passo-a-passo normal da organização de um desfile, que, quem sabe, até acompanhasse com fotos um específico, mas não.

Muito blá-blá-blá sem chegar a lugar algum.


A capa é bonita, mas o conteúdo não.
Tempo e dinheiro jogados fora.


[terminei em 24/01/2013]

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Moda Fácil

Moda Fácil
Dinah Bueno Pezzolo (2003)
Códex - 125 pág.

Moda.

Conselhos e dicas, do tipo use isso assim e nesta ocasião...

Bobinho, bobinho.
Como comprei em um sebo e foi baratinho, não pesou na minha consciência.

O texto é fluido e, embora não tenha me acrescentado nada, não foi desagradável. 

 [terminei em 03/02/2013]

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sem Sangue

Sem Sangue 
Alessandro Baricco (2002)
trad. Rosa Freire d'Aguiar
Companhia das Letras - 81 pág.

Depois do Seda, fui em busca de outros livros do mesmo autor e logo encontrei esse.

A temática é completamente diferente, a forma mais ainda e, embora não seja tão incrível quanto o Seda, esse também é bom.

Após uma guerra civil, um médico vivia em uma fazenda com seus dois filhos.  Uma noite, chegam vários homens, velhos conhecidos, para acertar contas. 

É violento, as imagens são muito vívidas, parece que o leitor está vendo um filme, mas ainda assim, ou, justamente por isso, recomendo.


"A mulher,  com a colherzinha entre os dedos, olhava para a sobremesa no prato como se estivesse procurando a fechadura."

" - Não é a minha história, é a sua. A senhora a conhece melhor do que eu.
- Ninguém garante."
[terminei em 16/12/2012]


[terminei em ??/03/2013]

sábado, 17 de agosto de 2013

Aprenda Inglês com Humor
Ulisses Wehby de Carvalho
Disal - 155 pág.

Línguas.

Professor de inglês, que mantém um blog (tecla sap) sobre esta língua, reuniu neste livro vários contratempos provocados por enganos de pessoas ao falar inglês.

É divertido.

[terminei em 08/12/2012] 


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Draping for Fashion Design
Hilde Jaffe e Nurie Relis (2005)
Pearson Prentice Hall - 258 pág.

Moda e costura.

Mais um livro sobre moulage/draping.

Não chega nem perto do "Moulage - Arte e Técnica no design de moda" que continua o meu favorito na matéria.

No entanto, é correto, e trata de roupas mais comuns, do dia-a-dia, sendo ilustrado somente com desenhos.


Em inglês.


[terminei em 01/12/2012] 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Seda

Seda
Alessandro Baricco (1996)
trad. Léo Schlafman
Companhia das Letras - 121 pág.

Lindo livro.

A história em si é interessante, já seria suficiente para que o livro fosse muito bom, mas não é o ponto mais forte.

Nesse livro, o que salta aos olhos é a redação. A forma em que as palavras se juntam e chegam a nós é o que realmente importa.

É como se uma pessoa tivesse uma pedra preciosa e a colocasse no meio de uma jóia refinada, lindamente trabalhada.  A pedra já é bonita, mas naquele engaste trabalhado fica esplendorosa.


Alessandro Baricco é italiano, mas o personagem principal, Hervé Joncour,  é francês e mora em uma pequena cidade francesa quando não está viajando para comprar ovos de bicho da seda.

Depois de uma praga, ele tem que ir mais longe, em busca de ovos não contaminados, e chega ao Japão...
 
A história foi filmada, com Keira Knightley e Alfred Molina, mas o filme não chega nem perto do livro, justamente porque se utiliza somente da história.  Perde a forma.

Alguns trechos do livro:

"Hara Kei escutava, sem que nenhuma sombra de expressão alterasse os traços de seu rosto. Mantinha os olhos fixos nos lábios de Hervé Joncour, como se fossem as últimas linhas de uma carta de adeus."

"A menina continuava a fitá-lo, com uma violência que arrancava de cada palavra dele a obrigação de soar inesquecível."

"A última coisa que viu, antes de sair, foram os olhos dela, fixos no seu, perfeitamente mudos."

"Mme Blanche não se moveu nem um milímetro. Tinha os lábios entreabertos, pareciam a pré-história 
de um sorriso."

Super recomendado!

[terminei em 01/12/2012] 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A Luneta Mágica

A Luneta Mágica
Joaquim Manoel de Macedo (1869)
Editora Ática - 184 pág.

Romance brasileiro.

Longo demais. A idéia é interessante, mas é longo demais, chega a ser chato

Simplício é um homem muito míope e rico que é enganado pelo irmão, pela tia, pela prima, já que quase não sai de casa.

Um dia, fica sabendo de um homem capaz de fazer óculos especiais e vai à loja. O homem tenta tudo, mas ele continua sem enxergar.  Daí a conclusão: só mágica.

E o homem da loja conhece um feiticeiro.  Ele prepara uma lente mágica que permitirá que Simplício veja tudo, com uma condição: não fitar ninguém nem nenhum objeto por mais de alguns momentos, sob pena de ver o lado mau do objeto visto.

Ele aceita e, é claro, não obedece à regra, vendo o mal em tudo e todos.  Não contente em ver, ele ainda resolve falar.  E a população acaba se rebelando contra ele e contra os óculos, de medo de que ele revele o mal que se esconde em cada um.

Os óculos são quebrados e o feiticeiro faz outros, que permitem, agora, que ele veja tudo normalmente, desde que não permaneça fitando nada longamente, porque poderá enxergar o lado bom das coisas.

Novamente ele não obedece.  E, feliz com o lado bom das coisas, é enganado de todas as formas, perdendo quase todo o dinheiro que tinha.

Desiludido, quebra os óculos novamente.

E aí vem o final....

Não é ruim, mas também não é bom a ponto de permitir recomendá-lo. 

[terminei em 24/11/2012] 

sábado, 3 de agosto de 2013

Sob os ventos de Netuno

Sous les Vents de Neptune
Fred Vargas (2004)
J'ai Lu - 442 pág.

Policial.

Mais um de Fred Vargas para a minha lista.

Dessa vez, Adamsberg vai ao Canadá com sua equipe.
Lá um assassino que usa um tridente e já havia, na França, matado a noiva de Raphaël, irmão do detetive, volta a atacar.

Só que ele comete seus assassinatos de forma a envolver o próprio Adamsberg que vira suspeito da polícia canadense.

Para poder continuar a investigação, já que a história dele parece absurda, ele recebe algumas ajudas especiais, em particular da Tenente Retancourt que, até então, parecia não gostar dele.

Como se não bastasse estar envolvido em um problema internacional, ele descobre que Camille teve um filho.

Não é continuação de nenhum outro livro, mas Adamsberg é o detetive que mais aparece nos livros da autora, motivo porque alguns fatos de sua vida (inclusive o romance com Camille) já foram mencionados em livros anteriores. Por isso, se você nunca leu nenhum e quiser ler esse, recomendo que dê uma olhada no link acima e comece pelo primeiro do Adamsberg  e vá seguindo, até chegar aqui.  Você não se arrependerá, garanto. 

Parece que houve muita reação negativa dos canadenses ao livro, que se sentiram tratados com desprezo ou preconceito, mas eu não vi motivos para isso.

Não conseguiu tomar o lugar dos meus favoritos (Debout les morts e Un peu plus loin sur la droite),  mas é bom.
Aliás, os livros dela são sempre bons.
[terminei em 18/11/2012] 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Como montar ou renovar sua loja

Como montar (ou renovar) sua loja
Eurico Ugaya (1993)
Senac/Makron Books - 114 pág.


Manual técnico do Senac para orientação para novos empreendedores.

De forma simples, trata de problemas comuns aos lojistas.  Mas é introdutório, não chega a se aprofundar em nenhum dos pontos.

Legalzinho.


 [terminei em 18/11/2012]



sábado, 27 de julho de 2013

O Cemitério das Princesas

Le Cimetière des Princesses
Jacques Ferrandez (1995)
Magnard Casterman - 92 pág.

 HQ.

Este é um dos episódios de uma série escrita sobre a guerra na Argélia.

Marianne, estudante de Belas-Artes, encontra em um sebo, um caderno de anotações de um pintor durante uma viagem pelo país. E ela resolve refazer a viagem.

O desenho é interessante e a história prende.
Em francês.

[terminei em 15/11/2012]



quarta-feira, 24 de julho de 2013

A Ratoeira e outras peças

A Ratoeira e outras peças
Agatha Christie (1954, 1945, 1944 e 1952)
Nova Fronteira - 394 pág.

Teatro. Policial.

Coletânea de 4 peças da autora.
Eu, particularmente, não me empolguei com nenhuma, mas servem como passatempo.

A Ratoeira (The Mousetrap) é a peça recordista em montagens, sendo que há, em Londres, um teatro que só a representa, mudando os atores a cada ano. 
Um casal resolve transformar a casa em uma pousada e recebe os primeiros quatro hóspedes.  Só que há uma nevasca e todos ficam presos ali. No rádio, as notícias sobre um assassino que teria se escondido na região...

Os Dez Indiozinhos ou "E não sobrou nenhum" -  Novamente os personagens ficam presos em um lugar... agora em uma ilha.  Várias pessoas recebem um convite de passar um fim de semana na ilha. Chegam todos mas os anfitriões não estão... Mortes começam a ocorrer, seguindo um poema pendurado na parede, ao mesmo tempo em que pequenas estatuetas somem.

Encontro com a morte - Esta peça é a transformação de um conto escrito em 1938 do qual participava o detetive Poirot.  Para a peça, escrita em 1944, a autora retirou o detetive e modificou o crime.
A peça se passa em Jerusalém.  Mrs Boyton, uma senhora rica que trata toda a família com tirania, morre. Todos têm motivos, mas quem a matou? 
Agora fiquei na curiosidade para ler o conto...

O Refúgio (The Hollow) -   Um homem casado com uma mulher inexpressiva, reencontra uma antiga paixão, agora atriz de cinema.  Ele morre.  Já se passaram muitos meses desde que eu li a peça ... e eu não me lembro mais quase nada...

 [terminei em 11/11/2012]


domingo, 21 de julho de 2013

O Poder do Hábito

O Poder do Hábito
Charles Duhigg (2012)
Objetiva - 298 pág.

Neurociência para leigos.

Surpreendentemente, o autor não é um cientista, mas um jornalista do New York Times que, durante a Guerra do Iraque, teve contato com um treinamento que era dado aos soldados com o intuito de transformar os comandos em rotinas naturais, ou seja, hábitos.

Conseqüentemente, por ser escrito por um jornalista, o texto é acessível, fluido, agradável mesmo, e é dividido em três partes:

1- Como os hábitos surgem, como formar novos hábitos e mudar os antigos.

2 - Os hábitos de empresas (é, empresas têm hábitos..)

3 - Os hábitos de sociedades.

Tudo vem acompanhado de exemplos, alguns  curiosos, outros (a maior parte) dramáticos.

Sem querer estragar a surpresa do livro (quem já passou por aqui sabe que evito sempre contar qualquer coisa que atrapalhe a leitura alheia...), os cientistas perceberam que os nossos cérebros separam as atividades por áreas.
A partes mais externas se ocupam dos pensamentos mais complexos.  As novidades, as descobertas, as coisas recentemente apreendidas provocam atividade dessas áreas mais externas.

Em contrapartida, quanto mais automática e básica a atividade, a atividade cerebral diminui e se localiza mais na parte interna.  Respirar, engolir, reações instintivas de proteção... estão lá, nos gânglios basais.

Assim, um comportamento, feito pela primeira vez, vai causar muita atividade cerebral.
Só que o cérebro é um órgão complexo e nosso corpo faz o possível para economizar energia, daí que, a cada repetição de uma atividade, ela vai sendo codificada de forma a diminuir o trabalho cerebral, até que fique automatizada: O hábito.

Segundo o autor, o hábito se compõe de três estágios: a deixa, a rotina e a recompensa.
Para mudá-lo, em primeiro lugar, deve-se analisar qual condição (normalmente uma emoção) o provoca, ou seja é a deixa para aquele comportamento.
A partir desse conhecimento, a pessoa deve procurar modificar a parte do hábito que está incomodando, achando um substituto para a recompensa ou para a rotina....

O autor também revela como empresas utilizam esse mecanismo do hábito para criar hábitos nos consumidores e fazer com que deixas simples levem as pessoas a usar seus produtos.

Leia o livro. São 298 páginas que eu não teria como resumir tanto para que você entendesse tudo aqui.

Para mim, só falta colocá-lo em prática para mudar vários hábitos que me incomodam....



[terminei em 11/11/2012] 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lady Almina e a verdadeira Downton Abbey

Lady Almina e a verdadeira Downton Abbey
Condessa de Carnarvon (Lady Fiona Carnarvon) (2011)
Intrínseca (233 pág.)

O dono da vídeo-locadora do meu bairro me indicou a série Downton Abbey.  O primeiro capítulo não me animou muito, mas insisti e acabei fã.

Já assisti as 2 primeiras temporadas e já estou na fila para ver a 3ª, assim que chegar...

E falando sobre isso com uma colega de trabalho que está acompanhando a série pela TV a cabo, descobri que ela tinha este livro (que logo veio emprestado para minhas mãos...).

Começando, o livro não é a história da série, é a história de uma das Condessas que morou no palácio onde a série é filmada.

O condado se chama Highclere (Downton Abbey é nome fictício) e Almina se tornou a condessa por casamento com o 5º Conde em 1895 e viveu até 1969.

O livro foi escrito pela atual Condessa, Lady Fiona, e conta a história de Almina, durante o período em que foi condessa, ou seja, até a morte do conde seu marido, data em que o filho do casal passou a ser o Conde e sua esposa se tornou a nova Condessa.


Traz um retrato interessante sobre a 1ª Guerra. Entre as pessoas citadas, a gente encontra algumas das mais importantes personalidades do século XX.

Não é uma obra essencial, mas diverte.  Agora, para quem assiste a série, a leitura fica muito mais agradável, para a gente fazer um paralelo com a realidade.



[terminei em 01/07/2013]

sábado, 18 de maio de 2013

Persuasão

Persuasão (Persuasion)
Jane Austen (1816)
L&PM (253 pág.)

Romance.

Meu terceiro livro de Jane Austen.
Tem vezes, quando a gente gosta muito de um autor, que dá uma gana de ler um livro depois do outro, sem parar.

É o caso da Jane Austen. A minha vontade é essa, mas sabendo que ela escreveu apenas 6 romances e outras poucas obras menores, me contenho para ler aos pouquinhos, para prolongar o prazer.

Então esse foi o terceiro, e tão bom quanto os anteriores.

Anne Elliot, a protagonista, com 27 anos, vive com seu pai e a irmã mais velha, ambos fascinados pela condição de nobreza que possuíam e, especialmente o pai, pela própria aparência.  Ela tem, ainda, uma irmã mais nova, casada.  Só que o pai e a irmã mais velha gastam mais do que podem e eles são obrigados a alugar a propriedade da família e se mudar para outro local.

Quem a aluga é um casal, ele almirante e ela, irmã de dois homens que já viveram na região, sendo que um deles, Frederick Wentworth, capitão da marinha, 8 anos antes, havia pedido Anne em casamento e fora rejeitado por ela, convencida por sua família e, em particular, por sua madrinha, que não poderia se casar com um homem sem posses e, ainda, à beira de uma guerra.

Manuscrito de Persuasão - cap. 24
Os anos passaram, a guerra acabou, agora ele tem dinheiro, ela está mais velha e abatida pela tristeza de se ter deixado persuadir pelos outros, e o encontro se vislumbra inevitável em decorrência da mudança...

Este foi o último livro finalizado pela autora, embora só tenha sido publicado (1818) após sua morte, com o título dado pelo irmão dela. Veja, ao lado, imagem da primeira página do último capítulo do manuscrito original.



Dizem que ela teria levado para a ficção (e resolvido) uma história vivida por ela, aos 20 anos, com um jovem chamado Thomas Lefrkoy que, na época, não tinha meios para se casar, o que motivou o rompimento.  Ela nunca se casou.

Jane Austen trabalha com sentimentos.
Enquanto em Orgulho e Preconceito ela trabalha, obviamente, com os efeitos que os preconceitos e o orgulho produzem sobre as pessoas e as decisões que elas têm que tomar; em Northanger Abbey, ela mostra os perigos da imaginação sobre a capacidade de avaliação dos jovens; neste, ela confronta a impetuosidade com a prudência e a possibilidade de uma jovem se deixar persuadir pela opinião dos outros.

E a carta do Wentworth é um deleite: "... You pierce my soul. I am half agony, half hope..." infelizmente perdeu um pouco da força com a tradução "... Meu coração está dilacerado. Estou em estado de semiagonia, semiesperança...".


Persuasão - 2007
Há um filme, de 1995, que não consegui ver, e um outro, feito em 2007 para a TV inglesa que está disponível, na íntegra e com legendas no Youtube.

O ator que fez o Wentworth (foto) foi muito bem escolhido, tem o porte necessário para o papel, a atriz que fez a Anne nem tanto, mas o filme tem vários defeitos, sendo que o pior foi terem mudado a estória.
E eu pergunto: por quê?
Meu Deus, o que faz um roteirista mudar uma estória dessas?  E, principalmente, o desfecho?

Ou seja, somente veja o filme se tiver lido o livro.

Eu gostei muito do livro, é claro que recomendo.

Muito bem, o objetivo de maio do Desafio Literário era um livro que tivesse sido citado em um filme.

Várias das opções não serviam para mim, porque já as tinha lido... Por outro lado, também queria que fosse um filme que eu achasse legal.


Aí lembrei de "O Clube de Leitura de Jane Austen", que cita os 6 romances e eu catei o livro da estante...
Só que não me lembrava mais do filme...
Voltei a ver, agora, e não achei mais tão bom assim.

No entanto, soube que o livro também tinha sido citado em outro filme "A Casa do Lago".
Peguei correndo, e tive uma grata surpresa.
Além de citar o livro, o filme tem uma suave inspiração na história da Jane Austen, misturada com um tanto de Ficção Científica. 

Não é tão bom quanto o livro, mas também recomendo.




[terminei em 18/04/2013]

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bazaar Great Style


Bazaar - Great Style
Jenny Levin (2007)
Hearst Books - 233 pág.










Este vem em formato de livro, mas, realmente, é uma revista de moda em papel mais grosso, bem parecido com um outro que já tinha lido antes:  Fabulous at Every Age














Mas foi barato, mais ou menos o preço de uma revista mesmo, e ainda é um estímulo para aumentar o vocabulário em inglês...




O texto é insípido, não acrescenta nenhuma informação, mas tem muitas fotos, sempre de artistas de Hollywood, e de alguns itens sozinhos.
Diversão simples.




[terminei em 08/11/2012]