quarta-feira, 20 de julho de 2016

Ligações Perigosas

Les Liaisons Dangereuses
Pierre Choderlos de Laclos (1782)
ebook (512 pág)

Romance epistolar, ou seja, a história vai sendo contada através das cartas trocadas pelos personagens, o que ocorre impressionantemente bem. 
Nada se perde da trama e, o que é mais incrível, cada carta possui o estilo do personagem que a teria escrito.
Realmente uma demonstração de virtuosismo do autor.

A história mostra como pessoas podem se fazer passar pelo que não são e manipular outras, tema pertinente para o século XVIII e que, infelizmente, parece cada vez mais atual.

Ao mesmo tempo, mostra como uma pessoa que se considera firme pode renegar seus princípios e como uma pessoa moralmente corrompida pode se arrepender e agir contra seus próprios interesses.

Bem, tentando não estragar a leitura de ninguém  revelando a história, vou tentar fazer uma sinopse:
A Marquesa de Merteuil, mulher jovem, na faixa dos 30 e poucos, viúva, consegue manter uma aparência de virtude enquanto troca de amantes como troca de roupas.
O Marquês de Valmont, por seu lado, não faz a menor questão de esconder suas aventuras amorosas, sendo conhecido por elas.

Os dois tiveram um curto relacionamento no passado que o Marquês insiste em retomar.

Ela decide se vingar de um de seus amantes e, para isso, resolve corromper a moça de quem ele está noivo, chamada Cécile de Volanges, filha de sua amiga Mme de Volanges que acaba de a receber de volta do convento onde estivera toda a infância para receber educação.  

Para isso, ela pede a ajuda do Valmont.  Só que ele está empenhado em seduzir Mme de Merteuil, conhecida como La Présidente.

A marquesa, então, apela para o jovem Danceny, professor de música da jovem.

A coisa se degringola, as emoções não conseguem ser controladas.... e tudo acaba mal.



A história já rendeu vários filmes, dos quais assisti dois, o primeiro, "Ligações Perigosas" com Glenn Close, John Malkovich, Michelle Pfeiffer, Uma Thurman e Keanu Reeves,




e, o segundo "Valmont", com Annette Bening e Colin Firth.

Ambos são muito bons, mas Colin Firth emprestou um ar muito sério ao personagem que não se compara ao ar libertino do John Malkovich, perfeito no papel, com todas as sutilezas e nuances necessárias.

Li a edição original, em francês, gratuita, que não lembro onde encontrei, ao mesmo tempo que ouvia a versão áudio do site Littérature Audio, o que foi bem complicado, porque a pessoa que fez a gravação (Arianne) conseguia falar mais rápido do que eu conseguia ler em francês.....  mas foi um excelente estudo, para acostumar com a pronúncia das palavras.

Recomendo, com cautelas.

[terminei em 26/03/2014]

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