sábado, 21 de agosto de 2010

Cantando na Chuva

Singin' in the Rain
(1952)
Direção: Stanley Donen / Gene Kelly

Elenco: Gene Kelly, Donald O'Connor, Debbie Reynolds, Jean Hagen, Millard Mitchell, Cyd Charisse, Rita Moreno...

Bom, a gente sabe que está ficando mais velha (ops! nada disso!) mais madura, quando começa a gostar das coisas que achava chaaaatas quando era adolescente.

É, eu achava "Cantando na Chuva" brega, chato, etc.   Mas agora eu gosto. Vá entender!

Musical da época de ouro em que Gene Kelly, um dançarino fantástico, podia ser considerado o segundo... Já que Fred Astaire existia (se bem que às vezes a gente pense que era sonho...).
É meio como Pelé e Garrinha. Pelé é o Rei, mas Garrincha é sobrenatural.

Muito bem, Gene Kelly se matou de dançar em outros filmes, mas foi justamente com a dança mais simples, mais singela, que ele deixou sua marca para a eternidade. 
Dançar no meio da chuva foi uma sacada fantástica para mostrar uma pessoa que se sente feliz.  Quando se está realmente feliz, nada é problema, quanto mais uma simples chuvinha.   E a música ajudou: "I'm happy again" (Estou feliz novamente) é a frase de alguém que acaba de deixar os problemas para trás.  Quem assiste também sai com a alma lavada.

Curiosidade:  a música já tinha sido lançada, alguns anos antes, em um andamento mais acelerado, mas não tinha funcionado.
No próprio filme ela aparece mais rápida, na cena dos três (Gene, Debbie e Donald) com os guarda-chuvas.

Bom, a dança na chuva levou diversos dias para ser filmada, o que causou um baita resfriado no bailarino e fez com que na gravação da música que, curiosamente, foi feita após a dança, ele estivesse um pouco rouco.  O que, diga-se de passagem, acho que ajudou, ficou menos gritada, mais suave - melhor.

A história é simples:  Na época da transição entre o cinema mudo e o falado, ator canastrão conhece mocinha que o despreza e o admira ao mesmo tempo.  Ele faz sempre par romântico com atriz bonita mas gasguita, esganiçada e a mocinha, que não era tão bonita, mas tinha uma bela voz, é escolhida para dublar a outra.  Tudo termina bem no final, é claro.

Mais uma curiosidade:  quem cantava, na realidade, não era a Debbie Reynolds mas a própria Jean Hagen, que passou as outras cenas falsificando a própria voz (por conta disso, foi indicada ao Oscar de atriz coadjuvante).


Como se não fosse bastante a cena da chuva, ainda tem Cyd Charisse e suas magníficas pernas, uma ótima cena cômica com exercícios de dicção (Moses, roses...) e um solo incrível do Donald O'Connor que precisa ser visto:




2 comentários:

  1. Nunca assisti, mas já ouvi tanto sobre esse filme que tenho vontade.
    Beijos

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  2. Oi Cíntia,
    assista sim. Não é um filme para modificar a vida de ninguém, mas é divertido. Você vai gostar.
    Ah! Gostei muito de te ver no filme que você fez sobre o livro de moda.
    Beijos,
    Mom

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