quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor
Jorge Amado (1948)
Record (72 pág.)

Uma doçura de livro.  Realmente fofo.

Segundo o prefácio, Jorge Amado teria escrito informalmente essa história somente para o filho, quando criança, e o texto ficara guardado. Mais tarde, o filho, mais velho, mostrou-o a Caribé, grande amigo do pai,  que fez os desenhos.  Amado diz que, em decorrência da qualidade das gravuras, concordou com a edição.

Na realidade, as gravuras não chegam nem perto da qualidade do texto, uma simples história de amor impossível.

Mas o uso das palavras, as imagens que ele vai criando, colorindo as situações, são impagáveis, como:

... as estrelas que a Noite acende com medo do escuro. ... 


Com um beijo, a Manhã apaga cada estrela ... Semi-adormecida, bocejando, acontece-lhe esquecer algumas sem apagar. Ficam as pobres acesas na claridade, tentanto inutilmente brilhar durante o dia, uma tristeza.


... o Outono chegou, derrubando as folhas das árvores. O Vento sentia frio, e, para esquentar-se, corria zunindo pelo parque. 

Eu só tinha lido duas obras do Jorge Amado: Jubiabá, nos tempos de escola, e A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água, um pouco depois, e tinha associado a ele um estilo mais duro, áspero. Daí que a leitura desse texto doce foi realmente uma agradável surpresa.

Super-hiper-recomendado.

[terminei em 06/09/2010]

Um comentário:

  1. Eu li O gato malhado este mês para o Desafio e realmente é um livro muito fofo. Eu o achei um livro reconfortante, ainda que seja a história de um amor impossível, a narrativa para mim foi um alento para a alma.

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