
Miguel Sousa Tavares (2009)
Companhia das Letras (123 pág.)
Vi uma entrevista do autor no "Sem Censura", acho que na época da FLIP (Feira Literária de Parati), gostei e comprei o livro. Não me arrependi.
Pelo que li da sinopse, pensei ser um relato de viagem, com aventuras pelo deserto...
Mas o enfoque não é este e, surpresa!, não há motivos para decepções.
O autor fala de uma viagem ao deserto, claro, mas centraliza a narrativa no relacionamento que se iniciou com uma companheira de viagem.
Não, não é um romancezinho xarope, não. Aliás, o autor teve muita classe e sequer revela se houve ou não um envolvimento físico entre ele e Cláudia, mas demonstra, com grande sensibilidade, o encontro de dois seres humanos, exaltando suas personalidades e a marca profunda que aqueles dias de convivência produziram em suas vidas.
A narrativa se transfere, quase imperceptivelmente, entre três discursos: o autor falando com o leitor, o autor falando com Cláudia, e Cláudia com o autor, o que cria um movimento muito interessante.
Leia. Como brinde, ainda temos a forma de escrever portuguesa, na segunda pessoa (tu) que é um luxo... e soa como música para nossos ouvidos desacostumados.
[terminei em 19/11/2009]
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