quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frankenstein

Frankenstein
Mary Shelley (1818)
Martin Claret (218 pág.)

Victor Frankenstein, jovem estudante, decide se dedicar a pesquisar como dar vida à matéria.  Ele, então, cria um ser e lhe infunde vida.
O ser, embora proporcional, é enorme, segundo ele, para facilitar os procedimentos, já que há partes no corpo que são minúsculas e complicariam o trabalho. 

Assim que a criatura vive, inexplicavelmente, Victor fica horrorizado e foge. O monstro, então, revoltado, resolve se vingar e começa a matar aqueles que lhe são queridos.

Mas vamos às curiosidades:
Frankenstein não é o monstro, mas o criador. Tem gente que argumenta que, por ter sido criada pelo Frankenstein a criatura tem direito de usar o nome dele, o que é razoável, mas no livro a "coisinha fofa" não tem nome algum, ora é monstro, ora é criatura, etc..
O monstro  não foi criado a partir de restos de cadáveres (como nos filmes), mas todo gerado novo, a partir de sabe-se lá o quê.
Apesar de ter os cabelos negros e lustrosos e os dentes brancos, é horroroso, com olhos quase transparentes, lábios negros, rosto enrugado, pele amarela ou esverdeada (depende do momento do livro) que mal cobre os músculos e artérias... Por outro lado, tem muita força, é veloz e resistente às condições desfavoráveis de clima.   Por quê? não se sabe...

Bom, o resumo é este.  Só que a narrativa se estende em partes absolutamente desnecessárias e não fala nada sobre questões essenciais para o desenvolvimento da história em si.  Conseqüência?  O livro é chato, muito chato.

Apesar disso, se tornou um clássico da literatura de terror, imagino que pelo fato de a história tratar de duas questões básicas do ser humano.
A primeira, o conflito da criatura com o criador, que o questiona, quer saber o motivo de sua existência e exigir que este garanta sua felicidade, entendendo que, por não a receber da forma que entende necessária, está livre para se vingar de tudo e de todos.
E, a segunda, do questionamento do ser humano sobre as conseqüências de seus atos e da sua responsabilidade sobre eles, que é figurado pela consciência de Victor de que o ser por ele criado é uma ameça à humanidade e cumpre a ele dar fim à criatura.

A obra influenciou tudo o que veio depois, em primeiro lugar, "The Strange Case or Dr. Jekyll and Mr. Hyde" e, através deste, tudo o mais.  (Afinal o Hulk não é um cientista bom que se transforma em um monstro verde, horroroso e violento?)

Stevenson retoma este ponto do conflito entre o bem e mal dentro de cada ser humano, só que de forma muito melhor.  Se tiver que escolher para ler, escolha "O Médico e o monstro". 

[terminei em 25/03/2010]

3 comentários:

  1. Oi!

    Obrigada pela visita e pelo comentário. Não li os livros que você citou; cheguei a considerá-los para o desafio, mas também não me interessei. Não que eu vá deixar de ler um livro por ser latino, mas coincidentemente, não acho nenhum que me interesse.

    Nunca li Frankestein e nenhum dos que vieram depois. Sou muito medrosa pra qualquer coisa de terror. Mas tenho vontade de ler O médico e o monstro, acho muito interessante o conflito envolvido.

    Beijos

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  2. Olá!

    Tenho que admitir que eu demorei um bom tempo até desenvolver o hábito de ler a Bíblia, mas graças a Deus, hoje leio sempre :)

    Sobre o italiano, estou estudando, porque acho bonito.

    Beijos

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  3. Gostei do livro. Li quando tinha aí uns 18. Tem uma linguagem e uma narrativa apelativas.

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