sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ana Karênina - 2 (a conjuntura)

Ana Karênina
Leon Tolstoi (1877)
Editora Abril (749 pág.)

Continuando...

Ultrapassada a questão dos nomes, a segunda dificuldade do livro está nos longos painéis da cultura russa que Tolstoi apresenta.

Não que tais aspectos não sejam curiosos e até mesmo interessantes, já mostram bem que a revolução bolchevique/soviética foi conseqüência de mudanças e movimentos antigos que vinham em ebulição, com o contraste entre uma nobreza inativa, uma administração onerosa e trabalhadores paupérrimos,  mas o problema é a extensão das narrativas que, nos dias de hoje, para uma pessoa no Brasil, que nunca chegou perto da Rússia, tornam a leitura um tanto cansativa.
Há toda uma sessão que trata das eleições do "Marechal da Nobreza" que realmente... é longa.

Fora as discussões sobre questões de plantio, divisão e técnicas de trabalho ...

Tolstoi menciona, várias vezes, o fim da servidão na Rússia, decretada em 1861 pelo Czar Alexandre II que ainda estava vivo e no poder quando foi escrito o romance.

Também ressalta a divisão (e uma certa competição) entre as cidades de São Petersburgo, esta a capital na época, e Moscou.

Nas imagens, acima, o interior do Palácio do Czar, em São Petersburgo, justamente na época de Alexandre II e, à direita,  Moscou em quadro pintado em 1877 exatamente, por Vasily Polenov.

Ainda continua...

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